Resumo

A oficina será iniciada a partir de reflexões com o grupo sobre o que são as Práticas Corporais Alternativas. A partir dos levantamentos feitos, iremos refletir sobre suas possibilidades na Educação Física Escolar. Elas são possíveis/ necessárias? Qual a importância das PCA’s no processo educacional?
Antes de iniciar as vivências práticas, é importante pensarmos no processo de construção histórico-cultural do corpo do Homem e das suas representações. Tivemos, por exemplo, na Grécia antiga uma grande valorização do corpo belo, do corpo a ser cultuado e admirado. Na Idade Média vemos este quadro se revertendo e o desprezo pelo corpo colocado em evidência em detrimento à valorização da alma. A grade responsável por essa nova visão é a Igreja, que tem grande poder e influência na sociedade. No Renascimento observa-se um maior equilíbrio entre a valorização do corpo e da alma e, no Iluminismo temos o prevalecer do racional e a Igreja perde a grande influência relatada na Idade Média.
Por meio deste breve relato, pode-se observar os valores sendo mudados dependendo do período histórico-cultural. Nos cabe, então, refletir sobre o nosso momento histórico e as influências que subtemos e estamos submetidos cotidianamente. Neste momento em específico, podemos pensar sobre qual é o valor dado às práticas de sensibilização e conscientização corporal, assim como as relações de toque e contato corporal entre as pessoas; a percepção do sutil; como utilizamos nossos sentido; o corpo desprezado e os prazeres do corpo vistos como pecado; os receios e preconceitos; a padronização dos gestos para sentir-se adequado; a atividade física feita de forma mecânica e sem reflexão.
Após colocar em evidência todas estas reflexões, podemos pensar em como discutir estas questões nas aulas de Educação Física com as crianças na escola.

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