Oito semanas de intervenção coordenativa são capazes de modificar a variabilidade da frequência cardíaca em idosos?
Por Fernando de Aguiar Lemos (Autor), Etevaldo Dantas Coelho Júnior (Autor), André Brito Carvalho (Autor), Juliana Moreira Paes Landim (Autor), Lorenna Walesca de Lima Silva (Autor), Graciano Joan Xavier de Lima (Autor), Natália Batista Albuquerque Goulart Lemos (Autor), Cleuber Souza Gonçalves (Autor).
Em Journal of Physical Education (Até 2016 Revista da Educação Física - UEM) v. 31, n 1, 2020.
Resumo
Vários estudos foram registrados na literatura para modular a Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) em idosos. Porém eles estão focados na capacidade física dos condicionadores. Pouco se sabe sobre os efeitos que o treinamento coordenativo estruturado em circuitos pode promover na VFC de idosos. O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito de 8 semanas de uma intervenção coordenativa sobre aspectos autonômicos de idosos. 26 sujeitos foram divididos em dois grupos. Um grupo (N = 13) com a Abordagem de Coordenação em Circuito (CACG) e o outro grupo (N = 13) com a Caminhada Recreativa (CR). Para mensurar a VFC foi utilizado um cardiofrequenciômetro. Para a avaliação motora foi utilizado o Modelo de Circuito Motor, que consistiu em 8 exercícios coordenativos. Para avaliação da aptidão física funcional foi utilizada a bateria Fullerton. Após 8 semanas de intervenção, tanto as variáveis da VFC quanto as variáveis motoras não diferiram entre os grupos. Porém, quando observados os momentos pré e pós-intervenção, apenas no GPR houve aumento na variável Alta Frequência, 5 minutos após o Modelo do Circuito Motor. Nossos resultados indicaram que oito semanas de intervenção coordenativa não foram suficientes para gerar mudanças no comportamento da VFC dos idosos.