Resumo

Esta dissertação busca abordar a relação do futebol com o operariado da cidade de Itajaí, nas primeiras décadas do século XX, demonstrando que o futebol, mais do que uma atividade esportiva, servia também como meio de sociabilidade, de interação e de compartilhamento de experiências (muitas deles já vivenciadas no espaço profissional) e que contribuíram para a formação da identidade operária de Itajaí. A dinâmica que envolveu o futebol em Itajaí era também parte do que ocorria no Brasil; uma vez que esse esporte, primeiramente, passou a ser praticado pela elite, para posteriormente atingir o trabalhador, o pobre e o negro. A ruptura do elo entre futebol/elite para sua popularização em Itajaí é o momento em que passo a dedicar mais atenção. Passagem esta que foi motivada pelas práticas elitistas de impedimento, pelos preconceitos de classe e étnico e pela ação daqueles que eram #proibidos# de praticar aquele esporte tão elitista. Será também analisada a questão do operário-jogador, sobretudo no período de 1930 até os anos 50, pois ao mesmo tempo em que praticava o futebol no time da empresa o jogador era também trabalhador da Companhia. Outros pontos serão abordados, tais como o envolvimento de empresas com o futebol e a relação de políticos com jogadores e com o futebol. Para viabilizar a concretização do trabalho, foram analisadas algumas fontes fundamentais. Dentre elas, destaco as entrevistas, os depoimentos, as fontes impressas, os documentos do Arquivo Público de Itajaí e algumas atas das Sociedades operárias.
 

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