Oportunidades Para a Prática de Atividade Física em Escolas Públicas e Privadas de Curitiba, Brasil
Por Crisley Vanessa Prado (Autor), Jose Cazuza de Farias Junior (Autor), Bruno Czestschuk (Autor), Adriano Akira Ferreira Hino (Autor), Rodrigo Siqueira Reis (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 20, n 3, 2018. Da página 1 a 14
Resumo
A escola representa um espaço com oportunidades para a prática de atividade física (AF) em crianças e adolescentes. Contudo, ainda são escassas evidências relacionadas às estratégias, estruturas e políticas locais de AF escolar no Brasil. Objetivou-se identificar as oportunidades para a prática de AF por meio de entrevista com os professores de EF, e compará-las entre escolas públicas e privadas de Curitiba (PR). Foram identificadas 161 escolas a partir de um inquérito domiciliar transversal realizado com adolescentes de Curitiba/Pr. No total, participaram da pesquisa 107 escolas (72,6% públicas). Os professores de Educação Física (EF) responderam um questionário multidimensional. A quase totalidade das escolas oferecia duas aulas semanais de EF (97,1%) com duração de 45 a 50 minutos (95,7%). A capacitação anual para professores de EF foi mais frequente nas escolas públicas (92,9%). A maior parte das escolas oferecia um recreio no período de aula (92,3%), no entanto, nas escolas privadas, recreios com duração de 16 a 30 minutos (75,0%), supervisionados (65,6%) e com materiais disponíveis (65,6%) foram mais frequentes. As atividades no contraturno eram ofertadas em oito a cada dez escolas, contudo, a oferta de AF em outros contextos foi mais frequente nas privadas (40,0% vs. 14,3%; p=0,003). Contudo, a participação no programa “Saúde na Escola” foi maior nas escolas públicas (57,6% vs. 31,2%; p=0,011). As oportunidades para prática de AF nas escolas investigadas estão sendo ofertadas com frequência e duração insuficientes para a promoção de AF recomendada para adolescentes nesse contexto.