Resumo

O esporte assume historicamente diferentes papéis na sociedade, sendo que mais recentemente há uma  necessidade  por  uma  melhor  gestão  das  organizações  responsáveis  pela  oferta  das  inúmeras  possibilidades  do  Esporte para com a sociedade. De fato, as organizações esportivas têm tido um papel expressivo no  desenvolvimento  deste  fenômeno  e  também  estão  fortemente  imbricadas  à  Gestão  do  Esporte,  na  sua  própria  conceituação,  na  pesquisa  e  na  formação.  Da  mesma  forma,  as  organizações  esportivas  são  estudadas,  mas  diferentemente  descritas  ou  apresentadas,  dependendo  do  olhar  da  indústria  do  esporte,  do  marketing  e  da  economia, assim como na regulamentação legal ou  na política de esporte de cada contexto. Embora a literatura  internacional  aponte  conceituação  já  consolidada  sobre  as  organizações  esportivas,  no  país  existem  diferentes  entendimentos  e  conceitos  expressos  por  teóricos,  na  legislação,  em  pesquisas  e  em  trabalhos  acadêmicos.  No  entanto,  não  há  um  referencial  que  abarque  essas  visões  de  forma  integrada,  como  acontece  na  literatura  internacional. Face a esse cenário, o objetivo do artigo é construir e propor um modelo unificado que expresse as  organizações  esportivas  segundo  o  ambiente  social  e  cultural  brasileiro.  Foi  realizada  pesquisa  qualitativa  e  bibliográfica/documental,  no  sentido  de  reunir  e  expor  diferentes  perspectivas  conceituais  sobre  a  organização  esportiva. Primeiramente  foram analisadas fontes teóricas internacionais, em seguida  levantamento e  análise  da  produção  de  livros  e  pesquisas  e  de  documentos  legais  e  regulamentadores  nacionais.  Os  resultados  dessas  análises  permitiram  a  elaboração  para  cada  setor,  público,  privado  com  fins  lucrativos  e  privado  com  fins  lucrativos  (comercial),  de  quadros  síntese,  a  partir  do  modelo  de  indústria  do  esporte  de  Pedersen  e  Thibault  (2019), o mais recente na  literatura e identificado como o que contém as expressões dos setores da sociedade e  estruturas  comparáveis  às  brasileiras.  O  produto  final  foi  o  MOEB  (Modelo  de  Organizações  Esportivas  no  Brasil), que leva em conta, na medida do possível, as organizações esportivas relevantes no cenário do país, num  mapa  integrador  e  compreensível,  mostrando  suas  múltiplas  conexões.  Esse  modelo  deve  ser  visto  como  uma  integração da literatura relevante sobre gestão do esporte em direção a uma abordagem unificada. Portanto, não é  um produto acabado, pelo contrário, é uma primeira aproximação no sentido de se promover um entendimento e  pode ser um ponto de partida para pesquisas futuras

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