Editora Civilização Brasileira. Brasil 1961. 275 páginas.

Sobre

VAMOS, CAMARADAS, é melhor que mudemos de procedimento desde já. A grande noite em que estivemos mergulhados, cumpre que a abalemos e nGS livremos dela. O dia nôvo que já desponta deve 'encontrar~nos firmes, avisados e resolutos.

É preciso que renunciemos a nossos sonhos, abandonemos nossas velhas crenças e nossas amizades anteriores à vida. Não percamos tempo como litanias estéreis ou mimetismos nauseabundos. Deixemos essa Europa que não cessa de falar do homem enquanto o massacra por tôda a parte onde o encontra, em tôdas as esquinas de suas próprias ruas, emtôdas as esquinas do mundo.

Há séculos que a Europa impede o avanço dos outros homens e os submete a seus desígnios e à sua glória; há séculos que, em nome de uma suposta "aventura espiritual", vem asfixiando a quase totalidade da humanidade. Vemo~la hoje oscilar entre a desint'e:gração atômica e a desintegração espiritual.

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