Resumo

O estudo analisa os sentidos e significados do corpo para crianças trabalhadoras que “pegam carrego” nas feiras livres periféricas e no Mercado Central de Aracaju/SE. A pesquisa tem caráter descritivo-qualitativa com observação livre e entrevista semi-estruturada. Os “corpos-objetos” provêm o sustento à renda familiar e, em virtude da sobrecarga diária de obrigações, têm a infância furtada. Pela brincadeira, em tempo exíguo, reinventam seu cotidiano. Na dimensão lúdica se reconhecem enquanto “corpos-sujeitos” portadores de desejos, desgostos, dores e cansaço, construindo-se divididos entre o perverso mundo do trabalho e o possível mundo da fantasia. Os “corpos-sujeitos” materializam-se num mundo da vida forjando uma infância singular, muito distante do conceito projetado pela modernidade.

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