Resumo

Estudos mostram que padrões motores são modificados por propostas de atividades físicas. A equoterapia tem efeitos sobre os componentes da coordenação motora, contudo, ainda são limitadas as pesquisas que suportem esta noção. O objetivo deste estudo foi avaliar a intervenção da equoterapia na coordenação motora de escolares. Trata-se de um estudo descritivo de caráter experimental. Foram realizadas 20 sessões de equoterapia com duração de 30 minutos cada, ocorrendo uma vez por semana. A amostra inicial foi composta por 70 crianças do sexo masculino (34) e feminino (36) em idade escolar (6 a 11 anos) que frequentam uma escola pública do DF do ensino fundamental do 1º ao 5º anos, durante o ano de 2013. Porém, apenas 64 completaram a proposta do estudo após os critérios de exclusão. Para avaliar o desempenho motor utilizou-se a bateria de teste KTK (Körperkoordinations test für Kinder) o qual é composto por quatro tarefas (trave de equilíbrio, saltos monopedais, saltos laterais e transferência sobre plataforma) as quais visam a caracterização de facetas da coordenação corporal total e o domínio corporal. Os resultados mostraram que na classificação do teste de coordenação corporal – KTK houve diferença significativa entre os grupos experimental e controle (p=0,0001). Nas tarefas do salto lateral e transferência sobre plataformas foram evidenciados os maiores escores entre o pré-teste (MEDIA E DESVIO) e o pós-teste (MEDIA E DESVIO). Ocorreram diferenças significativas entre os sexos (p=0,04), onde os meninos apresentaram melhores resultados em relação às meninas (VALORES DE MEDIA E DESVIO). Com relação aos grupos de idade foram evidenciadas que as maiores evoluções nos escores foram alcançadas pelas crianças mais velhas. Conclui-se, assim, que a intervenção da equoterapia promoveu efeitos na melhora da coordenação motora de escolares de 6 a 11 anos e que essas alterações se mostraram diferentes entre os sexos e as idades.

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