Resumo

O envelhecimento é um processo lento, progressivo e inevitável, caracterizado pela diminuição das funções fisiológicas. Vários estudos têm relatado que a redução da força muscular durante o processo de envelhecimento compromete o desempenho motor das atividades de vida diária (AVD) de pessoas idosas. O treinamento de força muscular tem sido apontado como meio mais eficaz para o aumento da força muscular. Todavia existem controvérsias em relação a sobrecarga ideal para melhora da força muscular em idosos. A proposta deste estudo foi investigar e comparar os efeitos de um programa de treinamento contra resistência com baixa sobrecarga com um de alta sobrecarga, no desempenho das AVD, em mulheres idosas de 60 a 76 anos, durante 10 semanas. A amostra foi composta de 61 sujeitos, os quais foram randomizados em 2 grupos experimentais: GE1 (n=21, 66,48 ± 4,09 anos), GE2 (n=20, 63,90 ± 3,78 anos), e um grupo controle GC (n=20, 63,65 ± 7,17 anos). Para avaliação da força dinâmica, utilizou-se o teste de 1 repetição máxima (1RM); para avaliação do desempenho nas VD, utilizou-se o protocolo de ANDREOTTI & OKUMA (1999). Os testes foram aplicados antes e após o treinamento. Os sujeitos do GE1 foram submetidos ao treinamento contra resistência a 50% de 1RM, e os do GE2 a 80% de 1RM, com 8 repetições, 3 vezes por semana. A análise estatística utilizada foi a descritiva, através de análises de variância (Split Plot Anova), seguido do teste de post hoc de SCHEFFÉ. Adotou-se um nível de significância de p0,05. Os resultados demonstraram que o grupo GE2 (80% de 1RM), apresentou melhora significativa p0,05, no desempenho das AVD, na força muscular em relação ao grupo GE1 (50% de 1RM) e ao grupo controle. Conclui-se que um programa de treinamento contra resistência a 80% de 1RM, realizado durante 10 semanas foi mais efetivo para propiciar uma melhora significativa na força muscular e no desempenho das AVD, em mulheres idosas, em relação ao treinamento contra resistência de baixa intensidade (50% de 1RM), podendo dessa forma, contribuir para autonomia e independência de pessoas idosas.

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