Resumo

Procura resgatar-se o início das atividades esportivas entre escolares e o início dos jogos escolares no Maranhão.

Integra

OS ESCOLARES E OS JOGOS/ESPORTES

NO MARANHÃO

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Professor de Educação Física – CEFET-MA

Mestre em Ciência da Informação

Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – Cadeira 40

 

DELZUITE DANTAS BRITO VAZ

Professora de História do CEM “Liceu Maranhense”

Especialista em Metodologia do Ensino Superior

 

Resumo

Procura resgatar-se o início das atividades esportivas entre escolares e o início dos jogos escolares no Maranhão.

           As primeiras referência sobre a prática de atividades lúdicas e de movimento que encontramos em Maranhão datam do período Colonial. Informam-nos os cronistas de que já se praticavam algumas formas de atividade física  desde 1678.

           No início do século XIX, foram encontradas outras formas de atividade física, como as caminhadas. Além desses passeios, praticava-se a caça, como o fazia Garcia de Abranches - o Censor. Seu filho, Frederico Magno de Abranches - o Fidalgote – era “... Atirador emético e adestrado nos jogos atléticos, alto, magro e ágil,   trepava como um símio até os galhos mais finos das árvores para apanhar uma fruta cobiçada pelas jovens ali presentes.  Encantava-as também a precisão dos seus tiros ao alvo. E causava-lhes sustos e gritos quando trepava sem peias por um coqueiro acima ou se balançava no tope de uma jussareira para galgar as ramas de uma outra em um salto mortal, confirmando o título que conquistara entre os da terra de campeão da bilharda.”(DUNSHE DE ABRANCHES, 1970, p. 28). Ainda se referindo ao Fidalgote - Frederico Magno de Abranches -, cabe lembrar que praticava também, o tênis.

           O primeiro registro encontrado onde aparece a palavra “ginástica” data de 1841, conforme anúncio no “JORNAL MARANHENSE” sob o título de: “THEATRO PUBLICO”. Ainda nesse mesmo ano, aparecem anúncios de aulas de esgrima.

           O Prof. Antônio Joaquim Gomes Braga, diretor do Colégio de Nossa Senhora da Conceição, localizado Rua do Desterro, ao apresentar o Plano de Estudos para o ano de 1842, informa que as aulas de “Dansa e Muzica para os internos serão pagas à parte”. (in JORNAL MARANHENSE, 1º de outubro de  1841).

           Em 1843, outro colégio particular anuncia em seus planos de estudos as aulas de dança para seus alunos, aberta à comunidade (A REVISTA, n. 207, Quarta-feira 8 de novembro de 1843).

           Desde 1844, quando foi fundado o primeiro colégio destinado exclusivamente às moças, em São Luís, as atividades físicas faziam parte do currículo (ABRANCHES, 1941, p. 113-114).           Esse colégio - o "Collegio das Abranches", como era conhecido o Collégio N. S. das Graças -, foi fundado por D. Marta (Martinha) Alonso Veado Alvarez de Castro Abranches - educadora espanhola nascida nas Astúrias provavelmente por volta de 1800 (JANOTTI, 1996) –, e pela sua filha D. Amância Leonor de Castro Abranches, e tinha, ainda, como professora, D. Emília Pinto Magalhães Branco, mãe dos escritores Aluisio, Artur e Américo de Azevedo.

           Os banhos de mar também faziam parte dos costumes da época (CORREIO D’ANNUNCIOS, Ano I, n. 3, Segunda-feira, 03 de fevereiro de 1851)

           Em 1869, é anunciada a criação de um novo colégio - o Collégio da Imaculada Conceição -, sendo seus diretores os Padres Theodoro Antonio Pereira de Castro; Raymundo Alves de France; e Raymundo Purificação dos Santos Lemos. Internato para alunos de menor idade seria aberto em 07 de janeiro de 1870. Do anúncio constava o programa do colégio, condições de admissão dos alunos, o enxoval necessário, e era apresentado o Plano de Estudos tanto do 1º grau como do 2º grau, da instrução primária; o da instrução secundária; e da instrução religiosa. No que se referia às Bellas Artes – desenho, música vocal e instrumental, gymnástica, etc., mediante ajustes particulares com os senhores encarregados dos alunos. O novo colégio situava-se na Quinta da Olinda, no Caminho Grande, fora do centro da cidade, e possuía água corrente, tanque para banhos, árvores frutíferas, jardim, bosque e lugar de recreação. (A ACTUALIDADE n. 28, 28 de dezembro de 1869).

           MARTINS (1989) aceita a capoeira como o primeiro “esporte” praticado em Maranhão, tendo encontrado referência à sua prática com cunho competitivo por volta de 1877. O público tomou conhecimento de um acontecimento esportivo a 10 de janeiro de 1877, através do Diário do Maranhão:

"JOGO DA CAPOEIRA

"Tem sido visto, por noites sucessivas, um grupo que, no canto escuro da Rua das Hortas sair para o largo da cadeia, se entretém em experiências de força, quem melhor dá cabeçada, e de mais fortes músculos, acompanhando sua inocente brincadeira de vozarios e bonitos nomes que o tornam recomendável à ação dos encarregados do cumprimento da disposição legal, que proíbe o incômodo dos moradores e transeuntes". (MARTINS, 1989, p. 179) 

           Embora MARTINS (1989) refira-se que o jogo do bilhar tenha sido introduzido em 1902, por Lino Moreira em seu Bar Richie, Dunshee de ABRANCHES (1941), lembra em suas memórias que o "Velho Figueiredo, o decano dos fígaros de São Luís" (p. 155), mantinha em sua barbearia - a princípio na rua Formosa e depois mudada para o Largo do Carmo - um bilhar, onde

“se reuniam os meninos do Lyceo depois das aulas, e, às vezes,  achavam refúgio quando a polícia os expulsava do pátio do Convento do Carmo por motivos de vaias dadas aos presidentes da Província e outras autoridades civis e militares. Essas vaias era quasi diárias...". (p. 157).

          

           Para Aluísio Azevedo – ainda estudante do Liceu nos seus 12 anos de idade -, havia uma coisa verdadeiramente série para ele: "era brincar, estabelecendo-se entre minha divertida pessoa e a pessoa austera de meus professores a mais completa incompatibilidade". Narra as estripulias da época, em companhia dos amigos de infância:

"Criado a beira-mar na minha ilha, eu adorava a água. Aos doze anos já era valente nadador, sabia governar um escaler ou uma canoa, amarrava com destreza a vela num temporal, e meu remo não se deixava bater facilmente pelo remo de pá de qualquer jacumariba pescador de piabas." (citado por MÉRIEN, 1988: 47).

           Esse escritor se bateu pela educação física e pelos esportes, como se observa de sua biografia. Um dos fundadores de “O Pensador” (1879), jornal anticlerical, publica várias crônicas onde traça o perfil da mulher maranhense, comparando-as à lisboeta desocupada e denunciando o ócio em que viviam. Considerava que todo o mal vinha do ócio e da preguiça das mulheres e apenas uma mudança na educação e na concepção do casamento poderia permitir a realização da mulher.

           O mesmo tema é retomado quando da publicação de "O Mulato" – 1879, em forma de folhetos publicado em jornal de São Luis, e em forma de livro, em 1880 -, criando-se enorme polêmica na imprensa, ora acusando o autor, ora vozes se levantando para defendê-lo acerca de sua posição sobre a condição feminina.

           Embora tenhamos chegado ao "novecento", ainda estávamos, nos seus 14 primeiros anos, vivendo o longo século XIX (HOBSBAWM, 2000)... Os "sportsmen" maranhenses tentam implantar mais uma modalidade esportiva - desta vez, voltaram-se para o remo, e a utilização dos rios Anil e Bacanga. Nesse ano, 1900, é criado o "Clube de Regatas Maranhense", instalado na Rua do Sol, 36. MANOEL MOREIRA NINA, foi seu primeiro presidente.

           Na Escola de Aprendizes de Marinheiros o remo também era praticado, dispondo de uma guarnição que treinava diariamente. Contava com os vogas Cantuária e Fulgêncio Pinto; como sota-vogas, com Almeida e Abreu; na proa, Belo e Matos; sota-proas, Zinho e Oliveira e o patrão era Fritz.

           Para MARTINS (1989), o ano de 1917 enchia-se de esperança para os praticantes dos esportes. No Maranhão, diziam-se, dois esportes marcariam presença definitiva para ficar: o remo e o futebol.

           Quando Nhozinho Santos, em 1907, funda um “club sportivo” nos terrenos da sua Fábrica Santa Isabel – o Fabril Athetic Club -, introduz várias atividades esportivas. Nos festivais esportivos realizados aos domingos, havia a presença de crianças e jovens estudantes que, do exemplo dos mais velhos, vinham a participar dessas matinées. Assim, no dia 26 de dezembro daquele ano, é registrada uma partida de futebol entre alunos da Escola de Aprendizes Marinheiros, como parte de sua preparação física. O futebol, além de outras modalidades e atividades, principiava a se utilizado como prática de educação física nas escolas

           A participação de estudantes - da Escola de Aprendizes Marinheiros - e de crianças - filhos dos sócios -, dos diversos clubes constituídos, não só para a prática do "foot-ball association", caso do Fabril e do Maranhense, e mais tarde, do Onze Maranhense, era comum, nas jornadas que se seguiam. Dentre essas práticas, a esgrima estava sempre presente, com a participação dos Aprendizes Marinheiros

           Em setembro de 1908, era apresentado o programa de uma "matineé sportiva" que seria realizada no Domingo seguinte, na sede do F.A.C., reunindo os "Team Riachuello" - "Estrella Preta" - e o "Team Humaitá" - "Estrella Branca"-, ambos da Escola de Aprendizes Marinheiros, marcada para as 3:45 horas, seguida de outros jogos, como o Concurso gaiato infantil seria disputado por: Ivar, Luiz, Celso, Bráulio, Soeiro Filho (O MARANHÃO, sabbado, 26 de setembro de 1908).

           Nesse início da década de 10, desaparece o hábito de repousar nos fins de semana, substituído pelas festas, corridas de cavalo, partidas de tênis, regatas, corso nas avenidas, matinês dançantes, e pelo futebol. Essas atividades, divulgadas pelos jornais, começaria a apresentar seus primeiros sinais de mudança ainda nas últimas décadas do século XIX, com o surgimento e fortalecimento gradual dos esportes:

           Verificamos a similaridade com outros países latino-americanos - e outras regiões brasileiras -, quando da inauguração do Fabril Athletic Club. O então presidente da Província - Bendito Leite - ante o espetáculo proporcionado, lamentou não poder manter nas escolas públicas o ensino regular da ginástica ...

           A "gymnástica" era praticada pelas elites, que tomavam aulas particulares, conforme se depreende de anúncio, publicado em 1904 (A CAMPANHA, 6ª feira, 8 de janeiro de 1904, p. 5).

           O sexo feminino também tinha suas aulas de ginástica, pois fazia parte do currículo da Escola Normal, conforme resultado dos exames publicados, como era comum à época (O MARANHÃO, Sexta-feira, 15 de novembro de 1907).

           Em um outro anúncio, publicado em 1908, o "professor de instrucção physica" avisava que pretendia realizar "os exames de seus alumnos na próxima quinta feira" (em O MARANHÃO, Segunda-feira, 02 de março de 1908, p. 2, n. 257).

           Graças ao empenho do cônsul inglês, a partir de 1915, houve um que renascimento dos esportes em Maranhão. Os estudantes movimentam-se para reabilitar o futebol. O primeiro encontro desse abnegados "sportistas" aconteceu logo em seguida. Esses estudantes uniram o agradável - reorganizar os "sports" no Maranhão - ao útil, chamando a atenção da sociedade para o movimento que iniciavam.

           Juntam-se à Maçonaria, oferecendo-se para realizar uma partida de futebol, em benefício dos flagelados da grande seca de 1914/15, pois as lojas maçônicas desta capital nomearam comissões com o fim de arrecadar fundos para socorrer os flagelados, dentre as atividades programadas - seção de cinema, passeios marítimos - haveria um jogo de futebol, a ser realizado no mês seguinte.

           Percebe-se que haviam dois grupos, ou mais, grupos envolvidos no soerguimento das atividades esportivas, pois "o grande match de foot-ball" entre os partidos "Francez" e "Allemão", em benefício dos flagelados da seca, era anunciado para o dia 12 de setembro. (O JORNAL, 02 de setembro de 1915).

           No Sábado anterior, é anunciada novamente a realização do jogo, no campo do Fabril, "com entrada franca a todas as pessoas que se apresentarem decentemente trajadas". O jogo teria início às 16 horas, devendo os jogadores se apresentar com meia hora de antecedência, "realizando-se antes exercícios de ginástica por uma turma dos Aprendizes Marinheiros". É apresentada novamente a escalação dos dois times, e designados o "referee" - McDowal; os "Line Man"- Clissold e Fellowe; e o enfermeiro - Garrido.  

           Estavam envolvidos os alunos do Liceu Maranhense, do colégio Marista Maranhense e do Instituto Maranhense (este, inaugurado um ano antes). Segundo MARTINS (1989),

“... promoveram sessões, usando as próprias salas de aula, estimulados pelos mestres. Graças a essas reuniões, surgiram os quadros do Brasil F. Club, do S. Luís F. Club, do Maranhão Esporte Club, e do Aliança F. Club. Essas entidades, aos poucos, foram agrupando-se, tornando-se clubes. A cada dia, os estudantes melhor se integravam, e para exercitar-se utilizavam o velho 'field' da Fabril, que tinha sido desativado pela FAC. Estávamos com o campo da rua Grande muito mal, mato tomando conta de todas as dependências, inclusive das arquibancadas." (p. 328).

           O movimento estudantil havia ganhado as ruas, tudo se fazendo para reanimar o futebol. Gentil Silva tinha retornado do Amazonas - onde havia trabalhado pelo esporte amazonense, ajudando ao Manaus Sporting Club - e integra-se ao movimento estudantil, tendo-o acompanhado nessa jornada um caixeiro viajante conhecido como "Zé Italiano", muito estimado pelos estudantes.

           Dessa união, foi fundado o "GUARANI ESPORTE CLUBE", que recebeu esse nome do proprietário do "Bar Guarani", sr. Gasparinho. É que as reuniões eram realizadas neste bar, situado na esquina da rua Grande com a Godofredo Viana, em frente ao cine Éden. Formaram-se duas onzenas, denominadas "Alemão" e "Francês", formando-se, também, duas torcidas, uma apoiando os "aliados", e a outra, formada pelos "germanófilos". Essa torcida ainda tinha o incentivo dos tripulantes dos navios alemães, abrigados em nosso porto, devido à Primeira Guerra Mundial.

           O mundo esportivo maranhense estava em ebulição, havendo grandes movimentações, fundando-se várias agremiações. É nesse período que surge nesse cenário o vice-cônsul inglês no Maranhão, Mr. Charles Clissold, um grande amante dos esportes - em especial, do futebol. Se junta aos dirigentes do FAC, incentivando a prática de vários esportes. Muitos jovens tinham feitos suas inscrições, com o clube revivendo seus grandes dias e sendo oferecidas várias modalidades, como salto em altura simples, com vara, distância; corridas de velocidade, de resistência, com obstáculos; lançamento de peso, de disco, do martelo; placekick (pontapé na bola, colocando-a na maior distância);  cricket; crockt ; ping-[ong (Tênis de mesa); bilhar; luta de tração, etc. (MARTINS, 1989, p. 334).

OS ANOS 30/40 - PRIMEIRA REFERÊNCIA A JOGOS ESCOLARES 

           Na década de 1930, o voleibol era bastante praticado em São Luís, no meio escolar, como lembra o Sr. Glacymar Ribeiro Marques. Chegado à cidade em 1937, passou a jogar voleibol no Colégio de São Luiz, participando das Olimpíadas Intercolegiais, ao lado de Rubem Goulart (professor de educação física da ETFM, já falecido); Alexandre Costa (senador, já falecido); José Carlos Coutinho (coronel do exército); coronel José Paiva, e Raimundinho Vieira da Silva (ex-deputado, suplente de Senador, presidente do grupo de comunicações Vieira da Silva).

           Em 1932, é criado o GREMIO “8 DE MAIO”, por estudantes  do Liceu Maranhense, liderados por Tarcísio Tupinambá Gomes. Como entidade representativa dos estudantes junto à direção do Liceu, foi um fracasso, por falta de interesse da rapaziada, que só queria se divertir. Mas os outros fundadores, dentre eles Paulino Rodrigues De Carvalho Neto e Dílio Carvalho Lima resolveram levar o Grêmio para o esporte, com o intuito de jogar Voleibol, pois as opções de esportes para os jovens da época eram, além do futebol, o voleibol.  O pessoal do “8 de Maio” também se envolvia com o Basquetebol.

           Em 1937, sua equipe era formada por Zé Rosa, Manolo, Zé Heitor Martins, Reinaldo Nova Costa, Raposo, Rubem Goulart, Paulo Meireles, Zé Carvalho, Zé Meireles. Desses, vamos encontrar Rubem Goulart e Zé Rosa como professores de educação física, formados pela Escola Nacional, nos anos de 1941 e 1942. O grupo representou o Maranhão em um Campeonato Brasileiro de Basquete disputado em Belém do Pará em 1938; viajaram de navio. Paulino largou tudo em 1942, deixando o Grêmio “8 de Maio” para a nova geração, liderada por Rubem Goulart e Zé Rosa...

 

OS JOGOS DAS DÉCADAS DE 1950-60: Carlos Vasconcelos x Mary Santos

           Lá pelos anos de 1955/56, o Maranhão tinha um Basquete muito bom, com Rubem Goulart, Ronald Carvalho, Fabiano Vieria da Silva, Cláudio Alemão, aquele pessoal do “Oito de Maio”, dos “Milionários”, mas só adulto, no nível de colégio mesmo, não tinha nada, só de adulto, porque vinha terminado o Colégio e continuaram em faculdade, em clubes, em quartéis; muitos serviram o Exército - eram as experiências vindas de fora, não era como hoje que os esportes do Maranhão vêm tudo do colégio -, naquela época não, está o inverso hoje.

           Em meados da década de 1950, o Dr. Carlos Vasconcelos, então delegado do MEC no Maranhão, especializado em Educação Física, começa a promover os “Jogos Intercolegiais” - 1956. Nas lembranças do Prof. Emílio, durante esses jogos, é que o Batista conquistou seu primeiro título - em voleibol -; esses Jogos eram disputados no Cassino Maranhense. O Prof. Emílio se lembra de um resultado em Basquete - cujo professor era Rubens Goulart - 1x 0 -, perdido para o Colégio de São Luís.

           No final dos anos 60, o setor de educação física está reorganizado; a profa.  Mary Santos dirigia o Departamento de Educação Física no Estado, e havia outro no Município, dirigido pela Profa. Dinorá. Já se cumpria a obrigatoriedade da lei, com as três horas semanais, mínimo de 45 minutos, dentro da legislação vigente.

           No auge do esporte maranhense, no famoso período de inicio, de inicio dos JEM’s... Nessa época, além da Escola Técnica [Federal do Maranhão, hoje, CEFET-MA] - sempre foi um concorrente forte -, nós tínhamos Marista, Batista - o Dom Bosco era apenas forte no voleibol; o próprio Ateneu, e Meng ...

           Diga-se de passagem, que os primeiros JEM’s terminou empatado entre o Batista e o Marista - foi à época também que no Campeonato Paulista houve empate entre a Ponte Preta e outro time, que não me lembro agora - então adotamos o mesmo critério, de considerar dois campeões; e daí para essa época, nós sempre estivemos fazendo um trabalho todo voltado para os JEM’s;

           Foi a época da implantação da Educação Física voltada para o esporte; toda a nossa Educação Física era voltada para esportes; havia ai, como ainda hoje há uns poucos colégios que trabalham, têm um bom trabalho de base.

1971 – INÍCIO DOS JEM”s ?

No ano de 1971, o Maranhão já tinha um Basquetebol de nível, na classe juvenil masculina; naquele ano, foi disputado o Campeonato Brasileiro de Juvenil, em Brasília; os jogadores eram aqueles meninos que jogavam tudo: volei, futebol, basquetebol: Gafanhoto, Paulão, Carlos, Phil, os Ninas [1].

Nessa mesma época, estavam acontecendo os III Jogos Escolares Brasileiros - JEB's - em Belo Horizonte. Dimas, que fora como técnico daquela seleção de Basquete, após a competição, dirige-se a Belo Horizonte para ver o que eram aqueles “JEB’s”, que tanto Mary Santos falava e cobrava a participação do Maranhão. Lá, encontra o maranhense Ari Façanha de Sá, coordenador geral dos Jogos, que lhe dá todo o apoio. Dimas volta entusiasmado com o que vira. O Maranhão precisava participar dos JEB’s!

Cláudio Vaz dos Santos [2]·, por essa época, já assumira o cargo de chefe do DEFER, no lugar de Mary Santos. É a ele que Dimas apresenta seu relatório, sobre os JEB's. Cláudio Alemão já tinha idéia de fazer uma espécie de jogos estudantis, então com o relatório de Dimas, fez os FEJ.

Segundo Dimas, quando Cláudio assumiu o DEFER, não encontrou nenhuma estrutura montada. O Maranhão não tinha participado ainda dos JEB's, e já se estava realizando os III Jogos e o Maranhão já os perdidos, sem condições de participar. (DIMAS, entrevistas).

Naquele mesmo ano aconteceu o I FEJ - Festival Esportivo da Juventude. É o próprio Cláudio Vaz quem nos conta como:

“... em 1970, nós precisamos da quadra do Costa Rodrigues para treinar nossa seleção de Basquete, para irmos para Porto Alegre, mais precisamente, Santa Cruz do Sul; e nós precisamos do Ginásio, o técnico era o Chico Cunha - Cearense -, era mineiro, mas trabalhava no Ceará, e veio trabalhar com a gente aqui, na época do governo Sarney; nós fomos pedir; não podia ceder o Ginásio para nós treinarmos nossa seleção porque estava tendo jogral; aí depois do jogral, não podia porque ia ter um reunião - não vou declinar o nome da pessoa que dirigia, não interessa, só interessa o fato -, não podia porque tinha que fazer silêncio, porque ia ter uma reunião, e o Ginásio não podia ser ocupado para treino porque ia ter uma reunião na sala de reunião, e o barulho ia prejudicar... então nós ficamos do lado de fora do Costa Rodrigues sem poder treinar... 

“- Mas isso vai acabar, Alemão, te prepara que isso vai acabar, dizia Jaime Santana.

“Quando em 1970, Neiva Santana assumiu o Governo, Jaime me chama:

 - olha, tu vai ser Coordenador de Esporte da Prefeitura; o prefeito era Haroldo Tavares, e nessa época, nomeado pelo Governador.

“Nós começamos primeiro na Prefeitura, foi nosso primeiro passo; foi na Coordenação de Esportes; então foi criada a Coordenação de Esporte da Prefeitura; procurei Carlos Vasconcelos - era da Coordenação de Educação Física -, aí foi criada a Coordenação de Esporte, na área estudantil... na área do esporte aberto sem limites, foi a Coordenação de Esportes; nós tivemos o direito de agir com a Ildenê, a gente fez esse trabalho, trabalhava só com esporte escolar.

Por sinal, era o mesmo problema, era muito limitado, ele, o esporte escolar no Maranhão...

"... fomos funcionar onde é o Parque do Bom Menino; tem um açougue ali em baixo, ali que era a coordenação, alugamos de Antônio o prédio e fomos fazer a explanação, primeira medida, eu fiz uma equipe muito boa, foi Geografia, Fernando Sousa, Jaime Sampaio e Fernando Sousa, jornalista, Diretor Técnico; bom, foi minha diretoria, ai eu convoquei os professores; fiz o levantamento de quem é que podia ser útil, quem é que eu tenho para trabalhar, porque eu tinha o direito de formar escolinhas, que não tínhamos nada nesse sentido, de formação de atleta.

Então veio o Dimas, veio o Major Alves, professoras... as duas professoras ... Maria José e Tarcinho; Odinéia;  Maria José, Ildenê Menezes, Dinorah e Celeste Pacheco... Tinha uma que era funcionária do Ipem, era, eu não sei o nome dela na memória, faz 31 anos, a professora eu não me lembro, mas eu sei que é de nome conhecido ... Graça Helluy, voleibol; viajou comigo para o primeiro JEB's em 72, ela foi a técnica; nós já fomos para os JEB's em Maceió, em 1972; em 71 foi que nós fizemos a escolinha com esse trabalho e criamos o primeiro FEJ.

“FEJ foi Prefeitura, a Coordenação de Esporte da Prefeitura de São Luís, em 1970. O primeiro FEJ (Festival Esportivo da Juventude).

A Mary Santos fazia Jogos Intercolegiais do interior, ela nunca fez uns jogos na capital; ela fazia Jogos Intercolegiais; Carlos Vasconcelos era do MEC, tinha uma rivalidade com ela e fazia os jogos dele, ele fazia o dela, eram jogos isolados. Com o pessoal da capital, e a gente trazia o pessoal do interior.

A Mary Santos era do Estado, da Secretaria de Educação e Cultura, onde tinha uma Secretaria de Esporte, Secretaria de Educação Física do Estado, era serviço de Educação Física do Estado. Carlos Vasconcelos que pertencia ao MEC; A Mary estava no Estado, a Ildenê, no Município. A Ildenê era Secretaria de Educação e a Mary era de Educação Física, era diretora do Serviço de Educação Física.

"Foi ai que eu entrei, fui dirigir pela primeira vez em 71, nós entramos no Governo, se não me engano, foi em março ou por aí; em setembro, nós tivemos o primeiro FEJ (Festival Esportivo da Juventude) - Semana da Pátria, onde o Colégio de São Luiz foi o primeiro campeão do FEJ.

“Em 71, eu estava só na Coordenação de Esporte na Prefeitura, e nós fizemos o primeiro FEJ; aí teve o segundo FEJ, foi quando o Jaime criou o Departamento de Educação Física e Desportos; Pedro Neiva me nomeou no lugar da Mary Santos; já foi no governo de Pedro Neiva, com Haroldo Tavares; eu entrei primeiro na Prefeitura; então para que eu pudesse assumir o Estado, criaram o Departamento de Educação Física e Deporto do Estado; saiu de Serviço para Departamento; acumulei Coordenador de Esporte da Prefeitura e Diretor do Departamento de Educação Física e Desportos do Estado, ligado à Secretaria de Educação, do professor Luis Rego - era o Secretario na época.

          

           Naquele mesmo ano aconteceu o I FEJ - Festival Esportivo da Juventude. Depoimento de Cláudio Vaz dos Santos aos autores:

 “Em 71, eu estava só na Coordenação de Esporte na Prefeitura, e nós fizemos o primeiro FEJ; aí teve o segundo FEJ, foi quando o Jaime criou o Departamento de Educação Física e Desportos; Pedro Neiva me nomeou no lugar da Mary Santos; já foi no governo de Pedro Neiva, com Haroldo Tavares; eu entrei primeiro na Prefeitura; então para que eu pudesse assumir o Estado, criaram o Departamento de Educação Física e Deporto do Estado; saiu de Serviço para Departamento; acumulei Coordenador de Esporte da Prefeitura e Diretor do Departamento de Educação Física e Desportos do Estado, ligado à Secretaria de Educação, do professor Luis Rego - era o Secretario na época."

Já em 72, fui nomeado Diretor do Departamento, lá no Costa Rodrigues.  Transferi a Coordenação, acumulei no Costa Rodrigues, eu levei tudo para lá, ficou a Coordenação... Eu era Coordenador e Diretor do Departamento de Educação Física do Estado, e Presidente do C.R.D.

"E uma de nossas iniciativas foi justamente essa, de criar esse jogos escolares; foi o primeiro e o segundo, e depois nós o transformamos em JEM's.

“Eu fiz a minha equipe, aí foi que o Dimas entra com a parte principal, quando nós estávamos para fazer o segundo FEJ em 72, seria em setembro, Dimas foi a Belo Horizonte... ai Dimas trouxe toda a informação, e o Maranhão podia participar dos JEB's em 72; ele trouxe em 71, ele foi no JEB's em julho e trouxe...

Dimas me trouxe, eu organizei a primeira equipe com o Dimas, era do Handebol, primeira equipe que nós viajamos para o JEB's; Ginástica Olímpica e Handebol, o Dimas; Coronel Alves, basquete; voleibol, Graça Heluy;  Coronel Alves - antes era Major -, foi isso para dar coletivo; que eu levei foram 52 pessoas; não levamos atletismo, natação, não levamos nada.

O primeiro JEM's foi em 73 - sempre tem essa dúvida; o pessoal não guarda isso, mas, o primeiro FEJ foi em 71. O segundo FEJ, em 72; e o primeiro JEM's, em 73, por quê?

“Nós participamos do JEB’s e a sigla pesava, mas por bem achamos melhor mudar para JEM’s - Jogos Estudantis Maranhenses -, nós já tínhamos passado o primeiro e o segundo FEJ com sucesso...”. (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista).

BIBLIOGRAFIA

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MÉRIAN, Jean Yves. ALUÍSIO AZEVEDO VIDA E OBRA (1857-1913) - O VERDADEIRO BRASIL DO SÉCULO XIX. Rio de Janeiro : Espaço e Tempo : Banco Sudameris Brasil; Brasília : INL, 1988.

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VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Carta ao Rubem Goulart, Filho - novas contribuições à história da educação física maranhense. in Jornada de Iniciação Científica da Educação Física da UFMA, III, 1995. São Luís, UFMA, ANAIS..., São Luís: UFMA: NEPAS, 1995 d, p. 56

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Contribuições à história do atletismo maranhense.  in  Jornada de Iniciação Científica da Educação Física da UFMA, III, 1995. São Luís, UFMA, ANAIS..., São Luís: UFMA: NEPAS, 1995e, p. 57

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio, Primeiras manifestações do lúdico e do movimento no Maranhão Colonial. COLETÂNEA INDESP - DESPORTO COM IDENTIDADE CULTURAL, Brasília, 1996a, p. 95-105.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio Vaz. A corrida entre os índios canelas. COLETÂNEA INDESP - DESPORTO COM IDENTIDADE CULTURAL, Brasília, 1996b, p. 106-115

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Lo ludico y el movimiento como actividad educativa.in LECTURAS: EDUCACION FÍSICA y DEPORTES , Buenos Aires, ano 3, n. 12, dezembro de 1998, disponível em www.efdeportes.com 

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O esporte, o lazer e a educação física como objeto de estudo da história. In LECTURAS: EDUCACIÓN FÍSICA Y DEPORTES, Buenos Aires, n. 14, junho de 1999, disponível em www.efdeportes.com

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A inauguração do "foot-ball" em Maranhão. In LECTURAS: EDUCACIÓN FÍSICA Y DEPORTES, Buenos Aires, ano 5, n. 24, agosto de 2000, disponível em www.efdeportes.com

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. TÊNIS NO MARANHÃO. In O IMPARCIAL, São Luís, Segunda-feira, 17 de janeiro de 2000, p. 16. Caderno de Esportes

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O ESPORTE NO MARANHÃO. In O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 16 de maio de 2000, Terça-feira, p. 4, Caderno Opinião

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O NASCIMENTO DE UMA PAIXÃO. In O IMPARCIAL, São Luís, Domingo, 29 de outubro de 2000, Caderno Cidade - Esportes, p. 7.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito. O "SPORTMAN" ALUÍSIO AZEVEDO. In O IMPARCIAL, São Luís, Domingo, 16 de junho de 2000, p. 5, Caderno Impar

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio & VAZ, Delzuite Dantas Brito. Pernas para o ar que ninguém é de ferro: as recreações na São Luís do século XIX. Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, XX, São Luís, Prefeitura Municipal de São Luís, 1995 a. (Ensaio classificado em 2o. lugar no “- Prêmio “Antônio Lopes” de pesquisa histórica).

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio & VAZ, Delzuite Dantas Brito. Pernas para o ar que ninguém é de ferro: as recreações na São Luís do século XIX. In ENCONTRO NACIONAL DA HISTÓRIA DO ESPORTE, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA, III, 1995, Curitiba-Pr. COLETÂNEA... Curitiba: DEF/UFPR; Campinas: Grupo de História do Esporte, Lazer e Educação Física/FEF/UNICAMP, 1995b, p. 458-474.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio & VAZ, Delzuite Dantas Brito. Pernas para o ar que ninguém é de ferro: as recreações na São Luís do século XIX Jornada de Iniciação Científica da Educação Física da UFMA, III, São Luís,  1995h. ANAIS... São Luís: UFMA: NEPAS, 1995c, p. 58.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio & VAZ, Delzuite Dantas Brito. Pernas para o ar que ninguém é de ferro: as recreações na São Luís do século XIX. Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, X, Goiânia – Go, outubro de 1997. ANAIS.... Goiânia: CBCE: UFGO, 1997, p. 1005-1017.

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VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; ARAÚJO, Denise Martins de; VAZ, Delzuite Dantas Brito. QUERIDO PROFESSOR DIMAS – (Antonio Maria Zacharias Bezerra de Araújo) – e a educação física maranhense – uma biografia autorizada. In LECTURAS: EDUCACION FISICA Y DEPORTES – revista digital, Buenos Aires, ano 8, n. 48, maio de 2002. Disponível em www.efdeportes.com

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio, VAZ, Delzuite Dantas Brito. A introdução do esporte (moderno) em Maranhão. In VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES, LAZER E DANÇA, Ponta Grossa, 17 a 21 de novembro de 2002. COLETÂNEAS... : UEPG, 2002. Editado em CD-RooM.

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ARTIGOS DE JORNAIS

 

A BATALHA DO RIACHUELO. In O ESTADO, Maranhão, Segunda-feira, 12 de junho de 1916.

AS ATRAÇÕES DO FOOT-BALL. In O ESTADO, Maranhão, 23 de outubro de 1916. Coluna Factos policiais.

AS DESPEDIDAS DO REMO. IN O ESTADO, Segunda-feira, 15 de janeiro de 1917. Coluna Vida Sportiva

AMAZONAS FOOT-BALL CLUBE. In O ESTADO, Maranhão, sábbado, 22 de julho de 1916

AOS FOOT-BALLERS MARANHENSES. In O ESTADO, Maranhão, Terça-feira, 28 de novembro de 1916, p. 2

APRENDIZES MARINHEIROS. Jornal "O MARANHÃO", Edição de no. 202, São Luís, quinta-feira, 26 de dezembro de 1907

ATENIENSE F. C.. in O ESTADO, Maranhão, Quinta-feira, 08 de junho de 1916. Coluna O Sport

ATHENAS VERSUS GUARANY, in O ESTADO, Quinta-feira, 1º de fevereiro de 1917. Coluna Vida Sportiva

BRAGANÇA SPORT CLUB. In O ESTADO, Maranhão, Sexta-feira, 20 de outubro de 1916

BRAGANÇA VERSUS REMO. In O ESTADO, Quarta-feira, 03 de janeiro de 1917. Coluna Vida Sportiva

BRAGANÇA VERSUS UBIRAJARA. In O ESTADO, Terça-feira, 31 de janeiro de 1917.

BRAGANCÁ VERSUS UBIRAJARA, in O ESTADO, Quinta-feira, 22 de fevereiro de 1917

BRAZIL. In O ESTADO, Maranhão, 17 de julho de 1916. Coluna Sport

CARNAVAL. Jornal "O MARANHÃO",  Edição de no. 251, São Luís, Segunda-feira, 24 de fevereiro de 1908, p. 2

CENSOR MARANHENSE, O - 1825-1830. (Edição fac-similar). São Luís : SIOGE, 1980. (Periódico redigido em São Luís de 1825 a 1830, por João Antônio Garcia de Abranches, cognominado "O Censor"; reedição promovida por iniciativa de Jomar Moraes).

CLUB DE REGATAS MARANHENSE. In Jornal "REGENERAÇÃO", Maranhão, Quarta-feira, 21 de fevereiro de 1900.

CLUB DE REGATAS MARANHENSE. In Jornal "REGENERAÇÃO", Maranhão, Terça-feira, 27 de fevereiro de 1900.

CLUB ESPORTIVO "JOSÉ FLORIANO". IN O ESTADO, Quinta-feira, 15 de janeiro de 1917.

CLUB SPORTIVO LUSO-BRASILEIRO. In O ESTADO, Terça-feira, 27 de fevereiro de 1917. Coluna Visa Sportiva

CLUBE SPORTIVO J. P. MULLER. In O ESTADO, 06 de julho de 1917

CORRIDAS. In DIÁRIO DO MARANHÃO, Segunda-feira, 28 de novembro de 1881. Noticiário

CRÔNICA MARANHENSE - ARTIGOS DE JOÃO FRANCISCO LISBOA. In MUSEU HISTÓRICO NACIONAL. Rio de Janeiro : Departamento de Imprensa  Nacional, 1969. vol. 1 e 2, série Estudos e Documentos III.

CURSO ANEXO - GYMNASTICA. In O MARANHÃO, Sexta-feira, 15 de novembro de 1907

F.A.C. In "O JORNAL", Maranhão, Sexta-feira, 8 de outubro de 1915

F. A. CLUB. Jornal "O MARANHÃO",  Edição de no. 471, São Luís, Segunda-feira, 16 de novembro de 1908

F.A. CLUB In Jornal "O ESTADO", Maranhão, Quinta-feira, 23 de dezembro de 1915, p. 4

F.A. CLUB In Jornal "O ESTADO", Maranhão, sexta-feira, 24 de dezembro de 1915, p. 4

F. A. CLUB. In "O JORNAL", Maranhão, sexta-feira, 22 de novembro de 1915

F. A. CLUB - Club do Remo. In O ESTADO, Terça-feira, 02 de janeiro de 1917. Coluna Vida Sportiva

F. A. CLUB - Club do Remo. In O ESTADO, segunda-feira, 08 de janeiro de 1917. Coluna Vida Sportiva

FABRIL ATHLETIC CLUB. Jornal "O MARANHÃO",. Edição de no. 151, São Luís, 24 de outubro de 1907.

FABRIL ATHLETIC CLUB. Jornal "O MARANHÃO", Edição de no. 177, São Luís, 25 de novembro de 1907.

FABRIL ATHLETIC CLUB. Jornal "O MARANHÃO",  Edição de no. 281, São Luís, 31 de março de 1908

FABRIL ATLHETIC CLUB. Jornal "O MARANHÃO", Edição de no. 326, São Luís, 23 de maio de 1908

FABRIL CLUB. Jornal "O MARANHÃO", Edição de no. 339, São Luís, Segunda-feira, 08 de junho de 1908

FABRIL ATLHETIC CLUB. Jornal "O MARANHÃO", Edição de no. 430 (?), São Luís, Segunda-feira, 28 de setembro de 1908

FABRIL ATHLETIC CLUB. Jornal "O MARANHÃO", Edição de no. 531, São Luís, 30 de janeiro de 1909

FOOT-BALL. In Jornal "O ESTADO", Maranhão, 9 de agosto de 1915, p. 4

FOOT-BALL. In Jornal "O ESTADO", Maranhão, Sexta-feira, 13 de agosto de 1915, p. 1

FOOT-BALL. In Jornal "O ESTADO", Maranhão, Segunda-feira, 16 de agosto de 1915, p. 4

FOOT-BALL. In Jornal "O ESTADO", Maranhão, sabbado, 28 de agosto de 1915, p. 4

FOOT-BALL. In "O JORNAL", Maranhão, sábbado, 31 de julho de 1915, n. 205

FOOT-BALL. In "O JORNAL", Maranhão, 14 de agosto de 1915

FOOT-BALL. In "O JORNAL", Maranhão, sabbado, 11 de setembro de 1915

FLUMINENSE VERSUS S. CHRISTOVÃO. In O ESTADO, Quinta-feira, 12 de janeiro de 1917. Coluna Visa Sportiva

HORSE RACE'S CLUB. In DIÁRIO DO MARANHÃO, 9 de agosto de 1881, Terça feira, p. 3, no. 2393).

"IMPARCIAL, O", São Luís, edição de 29 de outubro de 1907, p. 5

INAUGURAÇÃO DO FOOT BALL. In "O MARANHÃO", Edição de no. 154, São Luís, Segunda-feira, 28 de outubro de 1907.

INSTRUCÇÃO PHYSICA. In O MARANHÃO, Segunda-feira, 02 de março de 1908, p. 2, n. 257).

MARANHENSE FOOT-BALL CLUB. in "O MARANHÃO", Edições de no. 399, São Luís, 21 de agosto de 1908, p. 2;  no. 400, 22 de agosto de 1908, p. 2

O ESTADO, Maranhão, Quarta-feira, 02 de fevereiro de 1916

O FOOT-BALL. In "O JORNAL", Maranhão, 20 de setembro de 1915

O FOOT-BALL E O TIRO. In "O JORNAL", Maranhão, Quarta-feira, 13 de novembro de 1915

O JORNAL, Maranhão, quarta-feira, 13 de novembro de 1915 (publicação de duas fotos, com a legenda Internacional Foot-Ball Club - team francês, a primeira, e team alemão, a Segunda

O ONZE DE JUNHO. O ESTADO, Maranhão, sábbado, 10 de junho de 1916

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, Segunda-feira, 04 de outubro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, Sexta-feira, 08 de outubro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, Segunda-feira, 11 de outubro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, quarta-feira, 13 de novembro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, sabbado, 23 de novembro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, segunda-feira, 25 de novembro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, sexta-feira, 12 de dezembro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, sabbado, 13 de dezembro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, 18 de dezembro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, 20 de dezembro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, 27 de dezembro de 1915

OS DESPORTOS. In "O JORNAL", Maranhão, 30 de dezembro de 1915

PARA OS ALUMNOS DE AULA PARTICULAR DE GYMNÁSTICA. In A CAMPANHA, 6ª feira, 8 de janeiro de 1904, p. 5

PAYSANDU. In O ESTADO, 11 de dezembro de 1917. Coluna Visa Sportiva

PELOS FLAGELADOS DA SECA. In "O JORNAL", Maranhão, Segunda-feira, 09 de agosto de 1915

PELOS FLAGELADOS DA SECA. In "O JORNAL", Maranhão, 11 de agosto de 1915

PELOS FLAGELADOS DA SECA. In "O JORNAL", Maranhão, Quinta-feira, 02 de setembro de 1915

PEREIRA,  Edivaldo. ONDE ANDA VOCÊ ? RUBEM  GOULART (EM MEMÓRIA). In  O ESTADO DO  MARANHÃO, São Luís, 10 de novembro de 1997, p. 4, Caderno de Esportes.

PROGRAMMA DA MATINEÉ SPORTIVA A REALIZAR-SE EM 27 DO CORRENTE MEZ NO F. A. CLUB. Jornal "O MARANHÃO",  Edição de no. 426, São Luís, sábado, 26 de setembro de 1908

PROIBIDO O BRINQUEDO DE PAPAGAIO. . In "O JORNAL", Maranhão, sexta-feira, 04 de junho de 1915

RACING CLUB MARANHENSE. In DIÁRIO DO MARANHÃO, Maranhão, Terça-feira,  10 de agosto de 1881, p. 3, n. 2394

RACING CLUB MARANHENSE. In DIÁRIO DO MARANHÃO, Maranhão, Sabbado, 13 de agosto de 1881, p. 2, n. 2397

RACING CLUB MARANHESNE. In DIÁRIO DO MARANHÃO, Terça-feira, 30 de agosto de 1881, n. 2410

RACING CLUB MARANHENSE. In DIÁRIO DO MARANHÃO, Quarta-feira, 31 de agosto de 1881, n. 2411

RACING CLUB MARANHENSE - Corrida extraordinária. In DIÁRIO DO MARANHÃO, 06 de setembro de 1881, n. 2416.

RACING CLUB MARANHENSE - Segunda corrida. In DIÁRIO DO MARANHÃO, 15 de setembro de 1881, n. 2422.

RACING CLUB MARANHENSE - Segunda corrida. In DIÁRIO DO MARANHÃO, 17 de setembro de 1881, n. 2424

RACING CLUB MARANHENSE. In DIÁRIO DO MARANHÃO, Quarta-feira, 9 de novembro de 1881, n. 2468

RACING CLUB MARANHENSE - Grande Corrida! Grande Desafio!. In DIÁRIO DO MARANHÃO, Sexta-feira, 25 de novembro de 1881, n. 2482 

RACING CLUB MARANHENSE. In DIÁRIO DO MARANHÃO, Quinta-feira, 1º de dezembro de 1881.

SÃO PEDRO FOOT-BALL CLUB. In O ESTADO, sábbado, 28 de abril de 1917

TIRO MARANHENSE. In O MARANHÃO, sábbado, 03 de abril de 1909, n. 583.

UBIRAJARA SPORT CLUB. In O ESTADO, Terça-feira, 16 de janeiro de 1917. Coluna Vida Sportiva

UBIRAJARA - F A CLUB. IN O ESTADO, quarta-feira, 07 de fevereiro de 1917. Coluna Visa sportiva

UM CLUBE ESPORTIVO. In "O JORNAL", Maranhão, Quarta-feira, 05 de maio de 1915

VIDA SPORTIVA. Em O ESTADO, Segunda-feira, 02 de outubro de 1916

VIDA SPORTIVA. Em O ESTADO, 10 de outubro de 1916

VIDA SPORTIVA. IN O ESTADO, Quinta-feira, 04 de janeiro de 1917

VIDA SPORTIVA. IN O ESTADO, sábbado, 13 de janeiro de 1917

VIDA SPORTIVA. In O ESTADO, Terça-feira, 07 de março de 1917

VIDA SPORTIVA. In O ESTADO, sábbado, 10 de março de 1917

VIDA SPORTIVA, IN O ESTADO, Segunda-feira, 16 de abril de 1917

VIDA SPORTIVA, in O ESTADO, Segunda-feira, 21 de abril de 1917

VIDA SPORTIVA, in O ESTADO, sábbado, 19 de maio de 1917

VIDA SPORTIVA, in O ESTADO, Segunda-feira, 17 de julho de 1917

 

[1] GAFANHOTO, como é conhecido JOSÉ DE RIBAMAR MIRANDA, foi atleta de Basquetebol da Escola Técnica Federal do Maranhão, sagrando-se campeão brasileiro; foi Coordenador de Desportos da SEDEL, na administração Elir Gomes; graduado em Economia, exerce a função de assessor parlamentar do deputado Manoel Ribeiro, presidente do Sampaio Corrêa.

     PAULÃO, como é conhecido PAULO ROBERTO TINOCO DA SILVA, também daquela segunda geração de ouro do esporte maranhense; dentista, e professor de educação física; técnico de basquetebol, chegou a atuar como assistente técnico da Seleção Brasileira Feminina.

     CARLOS TINOCO ou CARLÃO, como é conhecido CARLOS ROBERTO TINOCO DA SILVA, irmão de Paulão, também formado em educação física, exerce a função de técnico de basquete; é professor do CEFET-MA.

     Os irmãos HERMÍLIO, ZECA, FILOMENO e GILSON e o cunhado ALBINO; os três primeiros e o cunhado, destacaram-se no Basquetebol, o último, na natação, onde é técnico até hoje, dos Maristas e da Escola Nina de Natação

[2] CLÁUDIO ANTÔNIO VAZ DOS SANTOS, o Cláudio "Alemão" - nasceu em São Luís, no dia 24 de dezembro de 1935. Foi atleta de Basquetebol, Voleibol, Futebol de Campo e de Salão, Atletismo e Natação. Pertenceu àquela famosa "Geração de 53", do esporte maranhense, atuante nas décadas de 50 e 60. Em 1971, formado em Economia, foi nomeado coordenador do Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação, da então Secretaria de Educação e Cultura - DEFER/SEC; reestruturou o esporte e a educação física maranhenses, implantando as escolinhas de esportes, no Ginásio Costa Rodrigues, que passou a funcionar das 5 da manhã, às 11 horas da noite, com futebol de campo, de salão, voleibol, basquetebol, judô, boxe (que também praticou), Karatê, capoeira, xadrez, ginástica olímpica, folclore ... Nesse mesmo ano, criou o Festival Esportivo da Juventude - FEJ -, embrião dos Jogos Estudantis Maranhenses - JEM's . Após os JEB's de 1973, dá início, em 1974, à contratação de técnicos e professores, para reforçar as equipes representativas do Estado nos diversos jogos e campeonatos regionais e brasileiros. Nessa época, trouxe os professores Laércio Elias Pereira, Domingos Salgado e o atleta Edivaldo Pereira (Biguá), de Handebol.  Realizou os primeiros JEM's. Foi coordenador do DEFER até 1978; em 1979, transfere-se para Brasília, indo coordenar a Unidade Esportiva do DF; em 1980, está de volta à São Luís, passando a dirigir a então Fundação Municipal de Esportes - FUMESP -; foi, também, Coordenador de Desportos, da então Secretaria de Desportos e Lazer - SEDEL -, nas administrações de Phil Camarão, Marly Abdala e já na época da GEDEL. Atuou, também, na Prefeitura Municipal de Caxias, na administração Paulo Marinho, onde permaneceu por dois anos. Hoje, aposentado como fiscal de rendas, trabalha como assessor parlamentar do Deputado Manoel Ribeiro.[2]

O jornalista Benedito Buzar conta que, para comemorar a investidura do engenheiro Haroldo Tavares na Prefeitura de São Luís, o Governador Pedro Neiva de Santana ofereceu à sociedade maranhense um jantar na casa de veraneio em São Marcos. O assunto mais comentado era o secretariado do novo prefeito. Um dos convidados resolveu, com franqueza e sinceridade, dissertar a respeito dos nomes escolhidos por Haroldo, considerando-os fracos, à exceção de alguns. Pedro Neiva que ouvia, com muita atenção, a exposição do convidado, foi direto ao assunto:

- Você acha o secretariado de Haroldo fraco porque ainda não pegou um murro de Cláudio Alemão".] [2]