Resumo

A cidade representa formas múltiplas de exercício de poder, de ocupação do espaço e de apropriação de seus recursos e, por isso, locus de tensão, de competitividade e de diferenciações que afetam a organização social no seu conjunto. As cidades na Amazônia, e Belém como um de seus expoentes, vêm passando por processos contínuos de transformação onde há escassez de parques e áreas de lazer; as unidades de conservação não oferecem segurança e têm infra-estrutura precária e o acesso às poucas áreas verdes é restrito. Sem políticas públicas voltadas à resolução desses problemas, Belém tende a se transformar em uma cidade com poucas áreas de lazer arborizadas. Também é necessário refletir até que ponto os espaços públicos adquirem “tons” de privados ou “turistificados”. Algumas ações vêm sendo implementadas, no que se refere às áreas de lazer e outras que fazem interface com o mesmo, mas há necessidade de aprofundar estudos na área. A pesquisa ora apresentada em resultados parciais tem como objetivo levantar a relação entre as áreas verdes e de lazer em Belém e a localização e utilização das mesmas, além dos discursos de suas implementações, percebendo como as áreas mais recentes foram criadas sob o discurso da implementação do turismo, mas com objetivos de atender as elites da cidade, deixando a periferia com poucas opções e qualidade menor.

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