Os Hábitos Posturais e o Comportamento Vocal de Profissionais de Educação Física na Modalidade de Hidroginástica
Por Patrícia Girarde Machado (Autor), Marli Hatje Hammes (Autor), Carla Aparecida Cielo (Autor), Analú Lopes Rodrigues (Autor).
Em Revista Cefac v. 13, n 2, 2011. Da página 299 a 313
Resumo
Objetivos: verificar os hábitos posturais e o comportamento vocal de profissionais de Educação Física na modalidade de Hidroginástica; descrever o ambiente de trabalho e sua interferência na postura e na voz; e relacionar a postura e a voz desses profissionais. Método: esta pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa-quantitativa e descritiva. A amostra foi constituída por 17 profissionais de Educação Física que atuavam em academias ou clubes, na modalidade de Hidroginástica. Constituiu-se de três etapas: a primeira, uma entrevista com os responsáveis, na segunda etapa foram observadas algumas aulas de Hidroginástica. A terceira etapa constituiu-se da coleta de dados, em que foi aplicado um questionário relacionado à qualidade de vida e à ocupação, foi realizado um teste para avaliar o comportamento vocal e, por fim, fez-se uma avaliação postural. Resultados: Participaram da pesquisa 14 (82,35%) mulheres e três (17,65%) homens, com tempo de atuação variando de 1 a 10 anos e a jornada de trabalho de 10 a 40 horas semanais. Homens e mulheres não apresentaram diferença significativa nas alterações posturais em todos parâmetros avaliados. Os homens beberam menos água em relação às mulheres (p= 0,0417). O ambiente de trabalho ruidoso e precisar falar em forte intensidade (voz forte) foram aspectos significativos. Conclusão: os profissionais do grupo estudado, além de apresentarem alterações posturais que comprometem a respiração e, consequentemente a produção vocal, trabalham num ambiente em que as próprias condições e a falta de recursos disponíveis são os principais motivos por terem sido classificados em “Campeões de abuso vocal”.