Resumo

O objetivo do estudo foi analisar a influência dos indicadores de crescimento somático sobre o desempenho das capacidades físicas em jovens futebolistas de nível regional. Fizeram parte do estudo 48 sujeitos (14,80±1,52 anos) participantes de um projeto de extensão de uma universidade paranaense. Foram realizadas medidas antropométricas de massa corporal, estatura e altura tronco-cefálica para avaliar os indicadores de crescimento somático. A composição corporal foi mensurada a partir do método de espessura das dobras cutâneas, envolvendo as dobras tricipital e panturrilha. O Pico de Velocidade de Crescimento foi utilizado como indicador relativo do nível de maturidade somática. Os testes Yo-Yo Intermittent Recovery Test level 1, Counter-Movement Jump, Squat Jump, preensão manual, sentar-e-alcançar e abdominais foram realizados para avaliação do desempenho físico dos futebolistas. Para verificar as contribuições relativas dos indicadores de crescimento somático sobre as capacidades físicas, recorreu-se ao teste de Regressão Linear Múltipla (P<0,05). Os resultados demonstraram que o Pico de Velocidade de Crescimento foi a principal variável preditora das capacidades físicas analisadas, explicando em 50,2% a variação da capacidade aeróbia, 22,3% a força de membros inferiores e 68,7% a força de membros superiores. Além disso, a idade cronológica influenciou em 13,0% a força e resistência abdominal e em 22,9% a força de membros inferiores na execução do Counter-Movement Jump. Conclui-se que os indicadores de crescimento somático são preditores das capacidades físicas em jovens futebolistas. Sendo assim, sugere-se que o fator maturacional seja inserido e acompanhado de maneira mais efetiva pelos técnicos e preparadores físicos, para que ocorra uma adequação dos estímulos oferecidos e um melhor direcionamento das intervenções visando a evolução no rendimento esportivo.

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