Os Jogos Indígenas e as Contradições do Confraternizar e Competir
Por Katia Rubio (Autor), Felipe de Melo Futada (Autor), Everson Carlos da Silva (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciências do Esporte v. 28, n 1, 2006. Da página 105 a 119
Resumo
Os Jogos dos Povos Indígenas tiveram início em 1996, com a participação de 470 índios, de 29 etnias e tinham como preocupação maior a aproximação das nações indígenas brasileiras das diferentes regiões do país. O lema inicial desse evento era “o importante não é competir e sim celebrar”, sintetizando sua finalidade que era o congraçamento entre os diferentes grupos étnicos indígenas brasileiros incentivando-os na participação da prática de atividades corporais de movimento e de outras manifestações culturais. Desde então essa tem sido uma oportunidade para que os índios exerçam a sua alteridade e apresentem à sociedade não-indígena sua produção, organização e história. A indiferença inicial pelo resultado e a valorização do adversário são situações vividas nas várias edições dos jogos que destacam a areté indígena, que guarda uma grande semelhança com o conceito olímpico de fair play.