Os Jogos Olímpicos Modernos e a Dinâmica Turística em Torno do Megaevento
Por Bruna Opieco Pereira (Autor), Mayara Torres Ordonhes (Autor), André Mendes Capraro (Autor).
Em XV Congresso de História do Esporte, Lazer e Educação Física - CHELEF
Resumo
Partindo do princípio de que a relação entre o turismo e eventos esportivos atualmente é indissociável, a presente pesquisa se interessa em melhor compreender como ocorreu tal relação durante as edições dos Jogos Olímpicos Modernos. O turismo esportivo é um fenômeno global e, entre os segmentos da indústria turística, é o que vem crescendo mais rapidamente (BROWN, C., 2010). Na primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos, em Atenas, entre os 14 países presentes, as maiores delegações, além da própria delegação grega, eram as da Alemanha, França e Grã Bretanha (COB, 2015a), países com certa proximidade do local no qual os Jogos seriam realizados. Pensando no tempo necessário para o deslocamento e o elevado custo, entende-se que sequer a participação dos atletas era facilitada. Somando essa inviabilidade com o fato de que os Jogos ainda não eram conhecidos como são atualmente, torna-se compreensível a ausência de um planejamento turístico para o evento esportivo. Nos Jogos Rio 2016 houve 207 países participantes incluindo Austrália, Japão, Rússia, entre outros que se encontram a uma longa distância do Brasil. O turismo apresenta uma relação direta com os meios de transporte e os veículos de comunicação, dessa forma o movimento turístico em torno dos Jogos ocorreu de forma distinta ao longo das edições. A presente pesquisa apresenta caráter exploratório, utilizando-se de artigos, teses, dissertações, assim como informações encontradas em documentos relacionados a entidades olímpicas e relacionadas ao turismo, as quais forneceram informações que permitiram observar que na edição de Roma (1960) a dinâmica turística já se fazia presente, fato que foi reforçado em Barcelona (1992) e que é evidenciado a cada nova edição. Dessa forma conclui-se que os Jogos Olímpicos passaram a ser um evento relevante para o turismo no momento em que apresentaram características de um megaevento.
Referências
BROWN, Chris; BUSSER, James A.; BALOGLU, Seyhmus. Sport Tourists in a Gaming Destination: Predicting Gaming and Non-Gaming Expenditures. UNLV Gaming Research & Review Journal. Volume 14, p.59-68, 2010.
COB. Atenas 1896. 2015a. Disponível em: https://www.cob.org.br/pt/time-brasil/brasil-nos-jogos/atenas-1896. Acesso em: 25 de maio de 2018.
Fonte de financiamento: Fonte de financiamento CAPES.