Resumo

O terceiro grupo de legionários de Schleswig-Holstein, contratados pelo Brasil em
1850, foi o grupo de alemães mais marcante, tanto na economia quanto na política do Rio
Grande do Sul e no Brasil. A proposta do estudo, ainda não concluída, está sendo a de analisar
a atuação dos Legionários alemães de Schleswig-Holstein como políticos e responsáveis pela
introdução de um movimento nacionalista alemão representado pelo Turnen (1867), no Rio
Grande do Sul, no período pós campanha contra Rosas (Argentina), até a concretização do
Turnen, no Rio Grande do Sul/Br (1900). Muitos desses Legionários, denominados de Brummer,
eram liberais e maçons ligados à Loja Zur Eintracht (1875) e alguns editores do jornal Deutsche
Zeitung, de Porto Alegre. Então, pergunta-se: Qual o papel dos Brummer na construção
ou reconstrução da identidade do alemão e teuto, através do movimento Turnen? Qual a
significância político das Sociedades do Turnen, no Rio Grande do Sul, para este grupo? Como
o grupo de liberais maçons alemães e teuto-brasileiros articulou a introdução do Turnen no Rio
Grande do Sul? O estudo é fruto de inúmeros outros estudos e publicações sobre a imigração
alemã no Rio Grande do Sul. Todos importantes, sem dúvida, e todos de uma forma ou de
outra tentam esclarecer o papel do alemão e do teuto-brasileiro no desenvolvimento do Rio
Grande do Sul e na importância do elemento identitário. No prefácio do livro de Lenz, Schäfer
e Schnack (1997), Flores, a apresentadora, relata que “nas cidades ou no interior foi variado o
leque profissional que exerceram, úteis ao progresso do Estado e à afirmação da germanidade”.
Muitos deles se tornaram professores, deputados, empreendedores, jornalistas e fundadores
de Instituições importantes como Clubes de Ginástica, escolas e Hospitais.