Os possíveis efeitos do futsal feminista sob o olhar das participantes
Por Martina Burch (Autor), Amanda Borges da Costa (Autor), Carine Collet (Autor), Guy Ginciene (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte - CIPE
Resumo
O Futsal Feminista é um projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS que tem como objetivo proporcionar um espaço de vivência do futsal para/com as mulheres, aliado a temáticas críticas da sociedade. A comissão técnica é formada por duas treinadoras e duas auxiliares técnicas. As aulas são planejadas, conduzidas e avaliadas a partir da reflexão e vivência do futsal, ancoradas na perspectiva do feminismo interseccional. Objetivo: Compreender os possíveis efeitos do projeto Futsal Feminista a partir do olhar das participantes. Metodologia: Ao final da segunda e terceira temporada, as participantes responderam às perguntas de um questionário, produzido no Google Forms, acerca da percepção sobre a sua participação no projeto e o quanto percebiam a perspectiva do feminismo nas aulas do Futsal Feminista. Importante salientar que a pesquisa teve o comitê de ética aprovado identificado como: 10347119.5.0000.5347. Resultados: Podemos identificar, por meio das respostas das alunas, que as aulas do projeto Futsal Feminista faziam com que elas se sentissem acolhidas e sendo “levadas a sério”; que o projeto era um local de convivência com outras mulheres que jogavam futsal; que aquele projeto significava uma possível forma de empoderamento, em que passaram a fazer parte das conversas sobre futsal/futebol nos vínculos familiares, outrora restrita aos homens; e perceberam que poderiam aprender e evoluir na prática do esporte, como entender a dinâmica do jogo, conseguir direcionar um chute e marcar as adversárias. Conclusões: Podemos perceber que o projeto gerou possíveis efeitos nas participantes, significando um espaço de vivência do futsal, em que puderam aprender sobre a parte tático-técnica da modalidade, mas também sobre acolhimento e empoderamento. No projeto elas conheceram outras mulheres que jogavam futsal, viram mulheres nas comissões técnicas, puderam se sentir pertencentes a fazer parte daquele esporte e desenvolveram possíveis olhares críticos sobre a sociedade em que vivem.