Paciente 0: dos Sofrimentos (artaudianos) às Máscaras (cruéis)
Por Saulo Germano Sales Dallago (Autor).
Resumo
sse artigo acontece dentro dos afetos suscitados pelas loucuras do homem de teatro Antonin Artaud em investigações de alguns de seus escritos mais conhecidos, entre eles o Teatro e seu Duplo (1938), o teatro de atletismo e seu ator afetivo na ótica do prof. Dr. Tiago Moreira Fortes (2008). Artaud intriga estudiosos e leigos das Artes da Cena, principalmente por sua agitada produção acadêmica teatral. Para ele, a vida e o teatro são tão indissociáveis quanto a cura para as doenças é acessível ao doente e as sociedades, principalmente a teatral, no exercício de sua própria humanidade. O artista e o sacerdote têm em comum o compromisso com o misterioso, com a revelação, com o sacrifício para o renascimento pela morte metafórica para aquilo que Artaud acreditou ser a vida plena, verdadeira. Dentro do atribulado universo que Artaud defendeu, representou, resgatou e convidou, escutamos estudos das Artes da Cena, do Teatro e da Performance, principalmente aqueles debatidos na disciplina "Seminários de Estudo da Encenação Possível OUTRO TEATRO: Tradição, Performance e Espaço Público." da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), organizada pelo prof. Dr. Zeca Ligiéro, cujo livro Teatro das Origens (2019) e seu Outro Teatro guia nossa pesquisa aliado a outras referências marcantes nos caminhos artaudianos: o supracitado autor Tiago Fortes e o autor prof. Dr. Felipe Henrique Monteiro.