Resumo

Introdução: O lançamento da penalidade da bocha paralímpica é uma situação de jogo muito importante porque pode definir o desempate de uma partida de grupos, a passagem do atleta para outra fase da competição ou até mesmo uma medalha paralímpica. Com a cobrança crescente por resultados melhores em competições as equipes técnicas tem utilizado novos recursos tecnológicos para avaliação de seus atletas. A tecnologia de rastreamento ocular pode fornecer informações importantes das dinâmicas e mecanismos do tempo de processamento cognitivo. Objetivo: Avaliar o padrão do movimento ocular de atletas de bocha paralímpica no lançamento de penalidade. Metodologia: Estudo do tipo transversal de amostra por conveniência, para análise descritiva quantitativa dos testes de avaliação dos movimentos oculares usando o SMI Eye Tracking Glasses (SensoMotoric Instruments GmbH, Germany) com frequência de aquisição de 60 Hz. Participaram do estudo 34 sujeitos que praticam a bocha paralímpica. Os atletas foram divididos em dois grupos (G1 e G2): no G1 ficaram 20 atletas com experiência apenas em competições regionais e no G2 14 atletas com experiência em competições nacionais e/ou internacional. Para os pressupostos de normalidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk, todos os dados foram não paramétricos e foi utilizado o Teste U de Mann-whitney para a comparação dos dois grupos. A significância estatística foi definida como p <0,05. Resultados: Os resultados mostraram diferenças nos padrões oculares no tempo das fixações visuais entre G1 e G2. Quanto a frequência das sacadas não houve diferença entre os dois grupos. Quando relacionados os padrões oculares e o desempenho dos lançamentos observou que G2 apresenta maior frequência de fixações em menor espaço de tempo e tem maior quantidade de acerto dentro das AOIs que G1. Conclusão: Atletas que participam de competições nacionais têm maior número de fixações visuais em menor espaço de tempo e melhor aproveitamento durante os lançamentos da penalidade quando comparados aos atletas que participam apenas de competições regionais, confirmando a hipótese de que atletas mais habilidosos realizam menor número de fixações visuais quando comparadas aos atletas menos habilidosos.

Disponível em http://www.repositorio.unicamp.br/
 

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