Resumo

INTRODUÇÃO: Programas de promoção da atividade física têm empregado o pedômetro como instrumento de quantificação de passos diários acumulados pelos participantes. Entretanto, praticamente inexiste a caracterização de padrões habituais de passos de trabalhadores brasileiros. OBJETIVO: Caracterizar o padrão usual de passos caminhados por servidores públicos com atividade profissional administrativa. MÉTODOS: Foram avaliados 46 voluntários (24% homens), com média de idade e IMC de 39,5±7,8 anos e IMC 24,0±3,0 Kg/m2, selecionados aleatoriamente em um órgão do Poder Judiciário, em Brasília-DF. Para quantificação dos passos empregou-se pedômetro Digi-Walker-SW700, consecutivamente nos 7 dias da semana, para todo o grupo e segundo o nível de atividade física e gênero. As comparações empregaram os testes de Kruskal-Wallis e de Mann-Whitney quando apropriados e a relação entre o IMC e o número de passos foi verificada pela correlação de Spearman. RESULTADOS: A mediana (extremos) de passos diários foi de 7266 (1630 – 13714). Não houve diferença entre o número de passos acumulados nos dias úteis (DU) (7508; 2038 – 15109) e nos finais de semana/feriados (FS/F) (6674; 747 – 14918) (p = 0,46). O mesmo se observou na comparação dos passos entre DU e FS/F nos indivíduos ativos (p=0,17), sedentários (p=0,99), homens (p=0,87) e mulheres (p=0,58). Houve correlação negativa entre o IMC e os passos acumulados nos FS/F (rs= -0,35;p=0,02), mas não nos DU (rs= -0,01;p=0,94). CONCLUSÕES: O número usual de passos diários da amostra estudada mostrou mediana significativamente menor que o referencial recomendado de 10.000 passos, com distintos padrões quanto ao gênero e atividade física dos indivíduos.

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