Resumo

RESUMO

O Colégio Americano de Medicina Esportiva recomenda intensidades de 55 a 70% da freqüência cardíaca de reserva (FCrs) para prescrição do exercício de resistência cardiorespiratória (ECr) objetivando a alteração da composição corporal. Entretanto, vários estudos verificaram que a oxidação de lipídeos (LIPox) máxima está diretamente relacionada ao primeiro limiar anaeróbio (LAn1) e ocorre em intensidades por volta de 60% da frequência cardíaca máxima (FCmax) e 55% do consumo máximo de oxigênio (VO2 max). O objetivo do presente estudo foi verificar e comparar as taxas de oxidação de substratos resultantes do ECr prescrito pelos métodos dos limiares anaeróbios ventilatórios (método “direto”, mDR) e da reserva da frequência cardíaca (método “indireto”, mIND). Sete indivíduos ativos não treinados foram submetidos a 60min de ECr nas intensidades do LAn1 e 55% da FCrs para determinação das taxas de oxidação de lipídeos (LIP) e carboidratos (CHO) por calorimetria indireta, após jejum noturno de 8h seguido de ingestão de maltodextrina (2g/kg, solução a 6%) 30min antes do início da atividade. Nossos resultados demonstraram que os métodos de prescrição promoveram padrões distintos de LIPox (0,23 ± 0,01 e 0,10 ± 0,01 g/min; mDR e mIND, respectivamente; p < 0,05); como conseqüência, a contribuição relativa de LIP para o dispêndio calórico durante a sessão mDR foi aproximadamente 1,8 vezes maior em comparação a mIND (25,9 ± 0,9 e 14,6 ± 1,0 %; mDR e mIND, respectivamente; p < 0,05). Apesar da prescrição por método da reserva da frequência cardíaca subestimar a LIPox, este método indicou para uma aplicabilidade que se aproxima dos critérios cientificamente preconizados, o que para uma indicação de intensidade em situações de campo poderá acarretar em menor margem de erros.

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