Resumo
O presente ensaio compartilha a trama de questionamentos envolvidos na comunicação performativa realizada no XI Congresso da ABRACE intitulada “Paisagens habitáveis- um experimento (auto) ficcional”. Trata-se de um vídeo-poema criado a partir de estudos experimentais de um corpo que dança reinventando as paisagens de seu próprio território-casa durante a Pandemia, causada pela COVID 19. De modo experimental, a minha imagem corporal é apresentada em diferentes planos visuais e integrada a camadas subjetivas a partir de sua interação com jogo de sombras, projeções e edições videográficas A discussão apresentada tem a intenção de aprofundar os pensamentos que motivaram a criação performativa compartilhada no evento como uma continuidade da minha pesquisa de doutorado, concluída em 2019, voltada ao estudo de mascaramentos corporais e espaciais. O ensaio representa, portanto, uma extensão desse eterno e mutável “estado de pesquisa” que não separa a vida cotidiana da criação artística, e está relacionado a necessidade de investigar novos processos criativos, sempre mesclando as experiências práticas com reflexões de ordem teórica. A discussão se concentra em modos de autorrepresentação, que de forma híbrida e interdisciplinar, deixa-se atravessar por diferentes linguagens, como o vídeo, dança, colagem e literatura.