Resumo

O exercício físico crônico tem sido recomendado como estratégia para a prevenção de diversas doenças associadas ao estilo de vida, como doenças cardíacas, hipertensão, osteoporose e diabetes tipo 2. Embora o exercício físico regular traga benefícios para a saúde, todos os praticantes de atividade física e esporte e, até mesmo indivíduos sedentários, já experimentaram alguma vez na vida um episódio de dor muscular tardia (DMT), caracterizada pela sensação de desconforto na musculatura esquelética. Como grande gerador de DMT, destaca-se o exercício excêntrico agudo que induz fadiga, redução de força e perda de desempenho. Apesar de diversos estudos demonstrando a participação das espécies reativas de oxigênio neste quadro, pouco se sabe sobre a participação da degradação das purinas bem como a participação dos receptores de potencial transitório vaniloide 1 (TRPV1) no desenvolvimento da dor muscular tardia. Para tanto, os ratos wistar machos realizaram teste de downhill em esteira (exercício excêntrico) até a exaustão. Após foram analisados os danos histológicos nos músculos gastrocnêmio e sóleo, Outro set de animais após a exaustão foram avaliados nos testes de alodinea mecanica na pata traseira direita, teste funcional de força nas pastas dianteiras e análises bioquímicas no músculo gastrocnêmio. Os resultados demonstram aumento na alodinea, na carbonilação protéica, nos níves de ADP, AMP, ácido úrico, além de elevar os níveis de immureatividade do receptor TRPV1 e atividade da xantina oxidase. Esses dados apontam uma possível contribuição das espécies reativas de oxigênio, da degradação de purinas e dos receptores TRPV1 na dor muscular tardia.

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