Para além da covid-19: impacto da inatividade física e do comportamento sedentário nas doenças crônicas
Parte de Atividade física, exercício e esporte no contexto da pandemia decorrente da Covid-19: reflexões, prognósticos acerca da prática em diferentes contextos de saúde e desempenho humano . páginas 61 - 74
Resumo
Na Grécia antiga, o filósofo Sócrates (470/469 a.C.), em sua retórica, destacava o bem estar que sentia atribuindo-o ao seu estilo de vida fisicamente ativo, segundo ele, saúde, longevidade e lucidez de pensamento “...só se consegue por intermédio de exercícios, pois tais presentes não nos caem do céu”(TOSCANO, 1999). Assim como Sócrates, muitos e muitos anos depois (2019 d.C), a Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que o estilo de vida é um fator de proteção importante, ao afirmar que um pequeno conjunto de fatores de risco, dentre esses a inatividade física, responde pela maioria das mortes por doenças crônicas (WHO, 2019). Em março de 2020, com a declaração da OMS de pandemia de COVID-19, governos de todo o mundo passaram a adotar medidas de isolamento e distanciamento social, na prática, menos movimento no dia a dia da população. Embora de natureza diferente, o baixo gasto energético da população mundial, representados pela inatividade física e comportamento sedentário, também é considerado uma pandemia (HALL et al., 2020). Destaque para o comportamento sedentário, considerando que entre 2007 e 2016 não houve mudança na aderência as recomendações da atividade física, mas um significativo aumento no comportamento sedentário (DU et al., 2019).