Editora EDIFURB. Brasil 2014. 224 páginas.

Sobre

Resultado de minuciosa pesquisa realizada originalmente como tese de doutorado, neste precioso e sucinto livro cujo título já é elucidativo de sua empreitada, o historiador Leonardo Brandão nos brinda com uma escrita elegante, delicada e densa que, a o narrar o traço sinuoso de uma manobra, o delicado roçar do vento no rosto do skatista, ou, a sutil e frágil composição entre seu corpo e a prancha (shape), esboça uma possível história das emoções, dos sentimentos e sensibilidades. Nas páginas deste livro não há apenas uma história das formas de organização do skate, muitas vezes tomada pelo gesto fácil, imediato e seguro, sem dúvida, de classificá-lo como esporte. Também não há em suas páginas o desejo de alargar, de maneira infinita, a definição de esporte para que nela tudo caiba. Tomando ampla e pertinente literatura que cobre cada aspecto do tema central que o título tão bem revela, nada parece escapar a uma narrativa atenta e inquieta, onde a argumentação contundente, convincente, permite ao leitor compreender a proximidade e mesmo a constituição do skate com o surf, o punk, o punk-rock e, sem dúvida, a juventude, entre tantos outros que se vão tecendo nessa trama de sentidos e sentimentos para, afinal, contar uma história do skate no Brasil.