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Não se creia tratar-se de uma obsessão o regresso ao tema. Da primeira vez, foi o olhar do Marcos que me suscitou uma reflexão sobre o ritual da “passagem de ano”. Agora, serei reincidente porque, mais que divagar sobre o tempo e a sua medida, pretendo evocar uma previsão lida algures. O seu autor profetizava que “a idade da Educação” chegaria em meados do século XXI. Como vemos, não é em vão que alimentamos a esperança. Só custará aceitar que a minha geração já por cá não ande, nesse tempo em que a Educação será, finalmente, encarada como assunto sério. O tempo! Sempre o tempo! À escala do cosmos, o tempo de passar não é mais que um rasto de vaga-lume, ou estrela cadente. E mesmo que pensemos que, quanto mais efémeras, mais belas são as vidas, a poesia de um precoce perecer não oculta uma trágica realidade: até meados deste século, ainda serão muitas as gerações a quem será negada a Educação que os seres humanos mais jovens merecem e que é possível, se, já hoje, quisermos que seja.

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