Resumo

Os parâmetros biomecânicos do nado crawl: distância média percorrida por ciclo de braçadas (DC), freqüência média de ciclos (FC), velocidade média de nado (VM) e ângulos médios de rolamento de corpo (RC) e parâmetros antropométricos: estatura, massa e envergadura de 16 nadadores competitivos (10 especialistas na prova de 50m nado livre e 6 especialistas da prova de 1.500m nado livre) e 8 tri-atletas foram mensurados em seis situações distintas de nado: 3 intensidades subjetivas específicas (aquecimento, 1.500m e 50m nado livre) com e sem respiração, a fim de se verificar e comparar o comportamento dessas variáveis nos três grupos em relação à variação da velocidade média de nado e em relação à presença ou ausência do movimento de respiração. Cada atleta realizou 6 repetições de 25m nas condições já citadas, os quais foram gravados utilizando-se dois sistemas independentes de vídeo, um para imagens frontais (uma haste de 0,70m de PVC foi fixada às costas dos atletas para permitir a mensuração dos ângulos de rolamento de corpo) e outro para imagens laterais (uma fita reflexiva foi fixada ao punho direito dos atletas para permitir a mensuração de DC, FC e V). Adotando-se um nível de significância de 0,05, nadadores de 50m nado livre apresentaram maior estatura e envergadura apenas que triatletas. Em relação às variáveis biomecânicas, os nadadores de 50m nado livre apresentaram maiores VM do que nadadores de 1.500m e do que triatletas, com maiores DC e similares FC. O RC diminuiu com o aumento da VM apenas para o grupo de nadadores de 50m. Os nadadores de 50m nado livre apresentaram similar RC em relação a triatletas e maior RC do que nadadores de 1.500m em apenas duas (intensidade de aquecimento e intensidade de prova de 1.500 m nado livre, ambas com respiração) das seis situações de nado. Foram encontradas correlações significativas entre os parâmetros biomecânicos FC e DC nos três grupos, entre VM e RC e entre DC e RC apenas no grupo de nadadores de 50m nado livre. Os parâmetros natropométricos não limitaram a performance tanto quanto às técnicas de nado; e incrementos na DC, em paralelo a RC equilibrado entre os dois lados, devem ser incentivados em nadadores e treiatletas competitivos.

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