Parâmetros Motores de Idosas Que Sofreram e Não Sofreram Quedas
Por Elke Lima Trigo (Autor), Israel Viana do Prado (Autor), Juliana Pascuim Pereira (Autor), Cleber Lucas dos Santos (Autor), Walter Quispe Marquez (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: A força e a resistência muscular são aptidões importantes para todos os indivíduos, mas se tornam ainda mais importantes à medida que os indivíduos envelhecem. A perda de força associada à diminuição da flexibilidade pode afetar o equilíbrio, a postura e o desempenho funcional, aumentando o risco de quedas, diminuindo a velocidade da marcha e dificultando a realização das atividades diárias. OBJETIVO: Analisar os níveis de força e flexibilidade em idosos que sofreram queda no último ano e idosos que não sofreram. MÉTODOS: Foram avaliadas 12 voluntárias idosas praticantes de atividade física regular (3 vezes por semana), divididas em e grupos: Queda (73 anos ± 16,3); e Não Quedas (65,2 anos ± 9,1). Após assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de Participação, sendo informada a finalidade do estudo, foram realizados os testes: flexibilidade (banco de Wells); força de tração lombar (dinamômetro de tração e compressão); preensão palmar (dinamômetro palmar); resistência de braços e cintura escapular e também a de cintura abdominal (flexão de braços e abdominais durante um minuto); equilíbrio funcional (escala de Berg). As diferenças entre grupos (queda e não-queda) foram testadas para significância com o teste t não pareado, com nível de significância estipulado em 95% (P < 0,05). Utilizamos o cálculo do tamanho de efeito d (de Cohen). RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em nenhum dos parâmetros avaliados para os dois grupos, porém, não podemos deixar de evidenciar que as médias indicam melhores valores par ao grupo de não-queda. CONCLUSÕES: A força muscular parece ser um determinante importante do índice de quedas, assim como a correlação da força de preensão manual. A partir dos dados obtidos é possível concluir que apesar de não ter havido diferença estatística significativa, a aplicação da análise estatística Tamanho do Efeito (d - Cohen) verificamos que a preensão palmar, a flexão de braço e o teste da escala de Berg apresentaram relevância no tamanho de efeito. Nossos resultados indicam uma possível correlação entre o nível de força de preensão palmar e a queda em idosos. Já o nível de flexibilidade parece não exercer influência na queda.