Resumo

O desenvolvimento do sistema capitalista a partir do século XVI promoveu um processo de "arquitetonização" da sociedade. Atualmente, praticamente todas as nossas atividades cotidianas estão ligadas a algum tipo de estrutura arquitetônica . Esta nova paisagem artificial, ao contrário daquela dada pela natureza, é pensada, desenhada e construída pelos homens. Esta condição faz da arquitetura um produto carregado de sentidos e intenções. Entre as estruturas arquitetónicas, a casa e a escola primária (de ensino básico) são de especial interesse na medida em que constituem os primeiros espaços no processo de socialização das pessoas. Neste trabalho, analisamos a relação existente entre as transformações na arquitetura das escolas primarias da cidade de Buenos Aires (desde seu surgimento em meados do século XIX até o final do século XX) e as transformações no sistema capitalista. Para tanto, procuramos enxergar a arquitetura, conforme Foucault, enquanto uma "tecnologia do poder". Produzimos uma abordagem utilizando como ferramenta a arqueologia (enquanto disciplina especializada no estudo da cultura material) por considerarmos que esta nos oferece os instrumentos teóricos capazes de gerar um conhecimento alternativo a reflexão desta problemática (AU)

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