Parkour: do método natural à técnica de si
Por Jean Miranda Euflausino (Autor), Amilton Bertazo Junior (Autor), Claudio Alexandre Celestino (Autor), Silvana dos Santos (Autor).
Em VII Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura - CBAA
Resumo
Este trabalho objetivou aprofundar os conhecimentos em relação ao Parkour, a fim de entender seus meios e suas finalidades. Para tanto, se recorreu à literatura geral, tanto acadêmica quanto midiática. O Parkour foi desenvolvido pelo francês David Belle, influenciado por seu pai, Raymond Belle, praticante de treinamento militar. O movimento Parkour propõe a superação de si ao transpor obstáculos. Sua disseminação ocorreu via internet favorecendo o conhecimento e interesse pela modalidade. Uma das suas principais características é se pautar pela relação corpo-mente. Isso se dá por meio do Método Natural, cujo primeiro passo é a concentração e o controle dos movimentos. Na sequência, passa-se para dificuldades que simulam a realidade, tendo em vista trabalhar maneiras de fazer os movimentos de forma segura e menos complicada possível. Embora esta “modalidade” esteja se disseminando, há ainda pessoas que a compreendem enquanto um ato de vandalismo. No entanto, para eles, o Parkour é uma forma de retomada da cidade pelo cidadão, já todo local de treino deve ser conservado. Neste sentido deve-se treinar em lugares que não haja pessoas, para não atrapalhá-las. Uma das grandes confusões que se tem sobre o Parkour é onde essa atividade pode ser aplicada e como classificá-la, se é esporte ou atividade, se é radical, de aventura ou de natureza. Vários autores discutem e tentam categorizar, já que muitas lições provindas do Parkour podem facilmente ser aplicadas ao cotidiano de seus praticantes, como o “ser e durar”, “ser forte para ser útil” (lema vindo do Método Natural de Hébert). Diante dos documentos analisados, tomamos o Parkour como atividade de aventura, revestida por uma explícita filosofia de vida, na qual o domínio de si por meio da superação é a dimensão mais difundida.