Participação desportiva informal na cidade do Porto: estudo misto sobre as barreiras intrapessoais, interpessoais e estruturais
Por Camilla Oliveira Silva (Autor), Luísa Ávila da Costa (Autor), Vitor Sobral (Autor), Renata Lucena Borges (Autor), Alan Ferreira (Autor).
Resumo
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2020) afirma que a participação em atividades físicas e desportivas é fundamental para a manutenção do bem-estar físico e mental das pessoas, pois ajuda no controle do desenvolvimento de algumas doenças crónicas e reduz quadros de depressão e ansiedade. Portugal tem apresentado dados preocupantes no contexto da prática desportiva. Segundo o Eurobarómetro (2022), é um dos países que apresenta um baixo índice da prática desportiva, onde 75% dos portugueses, com mais de 15 anos, assumiram nunca terem praticado nenhum desporto.Segundo Crawford (1991), as barreiras ou constrangimentos que restringem as populações da prática desportiva não estão ligadas apenas às preferências dos indivíduos, e sim, ao contexto mais amplo, definido como barreiras intrapessoais, interpessoais e estruturais. Nesse sentido, pesquisas sobre os fatores que afetam negativamente a participação desportiva, como barreiras ou constrangimentos, podem colaborar profundamente para que o acesso a equipamentos, infraestruturas, programas e eventos desportivos seja ampliado e adequado às necessidades da população. Contudo, cria impacto positivo de médio e longo prazo, tanto na participação formal, como também na participação desportiva informal.