Participando da Esporteterapia: Percepção de Pais de Crianças com Paralisia Cerebral
Por Marina de Brito Brandão (Autor), Guilherme Maia Sette Câmara (Autor), Marisa Cotta Mancini (Autor).
Resumo
O objetivo do estudo foi compreender a percepção de pais de crianças com paralisia cerebral de grave comprometimento motor sobre a participação de seus filhos nas atividades da esporteterapia na Associação Mineira de Reabilitação (AMR). Foi realizado um estudo qualitativo com doze pais de crianças com paralisia cerebral de grave comprometimento motor. As crianças frequentavam semanalmente as aulas de esporteterapia na AMR. Entrevistas semiestruturadas com os pais das crianças foram realizadas e compreenderam questões relacionadas às suas expectativas acerca do serviço e entendimento das atividades propostas, aspectos positivos e negativos relacionados à participação das crianças nas atividades, possíveis mudanças percebidas pelos pais após a entrada da criança nas aulas de esporteterapia e sugestões de melhorias do serviço. As entrevistas foram transcritas e analisadas por meio da análise de conteúdo. Foram evidenciadas três categorias temáticas: (1) Esporte, reabilitação ou socialização através do brincar?; (2) Facilitadores e barreiras para participação na esporteterapia; (3) Socialização, comportamento e movimento. As famílias apontaram que a participação das crianças no serviço de esporteterapia promoveu benefícios relacionados aos aspectos motores, ao comportamento e à socialização das crianças. A relação entre os instrutores de esporteterapia e as crianças e suas famílias parece ser elemento importante para promoção da participação das crianças nas atividades. Tais informações podem subsidiar a promoção de atividades esportivas em serviços de reabilitação voltados para crianças com deficiência.