Resumo

Neste ensaio, revisito as noções de “práticas de educação não-formal” e “práticas de educação formal”, tomadas em sentido genérico. Rememorados os sentidos comumente atribuídos aos dois termos do binômio “práticas de educação não-formal” e “práticas de educação formal”, passo a refletir sobre elas especificamente como fulcros de aprendizagem da língua materna. Participando, direta ou indiretamente, das práticas sociais cotidianas, aprendemos os gêneros discursivos a elas associados. Nelas, aprendemos as fôrmas, mas aprendemos também a potência de diferenciação das línguas vivas que não se deixam imobilizar por sistemas. Contudo, quando a língua materna vira matéria escolar, sua potência de diferenciação vira uma anomalia a ser corrigida, curada. Tem sido assim ao longo de toda a história do ensino formal de língua portuguesa na instituição escolar. Palavras-chave: Práticas de educação não-formal. Práticas de educação formal. Domínio da língua materna.