Resumo

A recente valorização do campo da Educação Física no contexto do Sistema Único de Saúde remete a uma revisão das concepções de currículo e de perfil desejado de egressos na habilitação bacharelada, pois a atuação multiprofissional e a articulação intersetorial em saúde são precedidas de formação interdisciplinar com carga horária suficiente. Uma possível alternativa para solução do problema se dá, inicialmente, pela abertura (não obrigatória e não excludente) de bacharelados em Educação Física com ênfase em saúde, apoiados por uma Associação Brasileira de Ensino da Educação Física para a Saúde. Neste manuscrito, esta proposição justifica-se por argumentos baseados em aparentes divergências relativas à: (1) princípios ideológicos, legislativos e políticos; (2) formação de docentes para o ensino superior em Educação Física; (3) adequação da formação profissional com a organização do Sistema Único de Saúde e com outras demandas em saúde individual e coletiva; e, (4) trato dos eixos de integralidade na formação e na atenção à saúde com o perfil atual desejado do bacharel em Educação Física, que muito abrange, mas pouco resolve.

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