Pensamentos e Práticas do Lazer e da Educação Física na Década de 1930 no Brasil
Por Rafaela Peres Alves de Lima (Autor).
Em XIV Congresso de História do Esporte, do Lazer e da Educação Física - CHELEF
Resumo
Simultaneamente ao processo de modernização que alcançou as principais capitais brasileiras a princípios do século XX, alavancado por um novo projeto de nação, é possível observar um cenário de progressiva regulamentação do trabalho (RAGO, 1987), resultado de concessões e lutas operária. O nascimento de uma área do conhecimento interessada em investigar as atividades realizadas pela população durante o tempo livre foi resultado, em grande medida, desse cenário. Intelectuais e atores do setor público se propuseram a compreender e, muitas vezes, normatizar os hábitos e padrões do “novo homem” brasileiro. A educação física e o lazer se apresentaram como importantes ferramentas nesse processo. A década de 1930 foi um momento de destaque para a educação física e para o lazer no Brasil. Para a primeira, os anos 30 marcaram a consolidação do campo no país e a obra de Fernando de Azevedo apresenta importantes debates sustentados na época. Para a área do lazer, foi o período de implementação de políticas públicas, como as elaboradas por Arnaldo Sussekind e Nicanor Miranda: o Serviço de Recreação Operária no Rio de Janeiro e a Divisão de Educação e Recreio do Departamento de Cultura e Recreação em São Paulo, respectivamente.