Percentual de gordura corporal dos atletas olímpicos brasileiros de boxe
Por João Fernando Laurito Gagliardi (Autor).
Em XX Simpósio Internacional de Ciências do Esporte -SIMPOCE
Resumo
O boxe é uma das poucas modalidades onde detenninar o peso ideal é relativamente simples, pois as categorias são ~ivididas em função da massa corporal (MC). Conseguir com que o atleta tenha o mínimo de gordura corporal é mteressante pois nesta situação deve-se conseguir um melhor desempenho (uma vez que pode-se permanecer em categorias mais leves). O objetivo deste trabalho foi verificar o percentual de gordura (%G) de atletas olímpicos de boxe que representariam o Brasil nas Olimpíadas de Atlnnta - EUA, 3 meses antes do evento. Para calcular a densidade corporal foi utilizada a fórmula proposta por Lohman (1981) e a partir dai, estimou-se o %G através de Brozck (1963). Sete atletas (dos oito que compunham a delegação) foram avaliados. O %G destes atletas mostrou-se bastante homogêneo (8,0 ± 1,3) e relativamente baixo. O excesso médio de massa corporal (em relação ao peso da categoria onde o atleta se classificou) foi de 5,3kg com desvio padrão de 0,82kg (ampiltude • 4,0 a 6,5kg), sugerindo que que todos devessem perder grande quantidade de MC antes da competição (7,4% ± 1,4% da MC). Em depoimentos pessoais sabe-se que esta perda de massa corporea se dá a partir de 15 dias antes da competição. Esta perda de MC é composta de H2o, proteina e gordura, certamente afetando o desempenho do atleta. Seria interessante que não houvesse uma oscilação tão grande de massa (e composição) corporal para não afetar a performance. Talvez os atletas devessem competir em categorias superiores, pois seus pesos atuais estão em média duas categrias acima da que competem.