Percepção da Autoimagem Corporal de Universitários
Por Priscila Evangelista Melo (Autor), Sérgio Cardoso Barcelos (Autor), Marina de Paula Manochio (Autor), Helena Siqueira Vassimon (Autor), Cléria Maria Lobo Bittar (Autor).
Em Cinergis v. 17, n 3, 2016. Da página 208 a 213
Resumo
Objetivo: o objetivo foi conhecer a percepção da autoimagem e satisfação corporal de universitários. Método: estudo quantitativo descritivo que utilizou dados de uma dissertação vinculada ao projeto Universidade Promotora de Saúde. Participaram 434 universitárias e 153 universitários, com idade de 18 a 30 anos que responderam dados sobre sexo, peso e altura, satisfação corporal e hábitos alimentares, além de se situarem, segundo a Escala de Silhuetas, dentro da plataforma Surveymonkey®. Resultados: de acordo com o peso e estatura relatados, foi observado que 46,4% dos homens e 33,6% das mulheres eram considerados sobrepesos ou obesos. Em relação à Escala de Silhuetas foi possível observar que o desvio entre o IMC referido e o IMC percebido foi significativamente diferente para as mulheres (-2,59kg/m² ± 2,36) para os homens (-1,71 kg/m² ± 2,10). Em ambos os grupos os indivíduos apresentavam uma distorção da imagem corporal, havendo uma percepção de estarem mais magros do que o real. Foi possível observar que as mulheres tinham maior distorção da imagem corporal que os homens (p= 0,01), e quanto à satisfação corporal elas se diziam pouco satisfeitas, enquanto os homens se mostraram bastante satisfeitos (p = 0,03). Também relataram se sentirem mais gordas quando comparadas a outras mulheres da mesma idade, o que não ocorreu com o grupo masculino. Universitários classificados como sobrepeso e/ou obeso se perceberam mais magros em ambos os sexos. Considerações finais: este trabalho reforça a necessidade de ações para maior conhecimento da percepção corporal por universitários, visando melhora na autoestima e qualidade de vida.