Resumo
O esporte tem como objetivo trazer aos seus participantes, a prevenção de doenças melhorando a qualidade e o estilo de vida. De fato, são poucas as políticas existentes de esportes que são direcionadas à deficientes físicos cadeirantes e que contemplem suas realidades e necessidades. De acordo com o Censo Brasileiro 6,2% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, isto equivale a cerca de 45,6 milhões de deficientes. Desta forma, buscou-se nos esportes, novos caminhos de interação desses indivíduos com a sociedade. O objetivo deste estudo é a comparação da percepção da qualidade de vida de cadeirantes que praticam esportes com os que não praticam. Foi realizado um estudo descritivo, de corte transversal, a amostra foi composta por 20 estudantes e pessoas que participam de algum projeto da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Foram aplicados dois questionários, um sócio demográfico e o Short Form Health Survey (SF-36). Na análise estatística foi utilizada a média e desvio-padrão e para a comparação das variáveis a ANOVA ONE WAY. Foram considerados significativos valores de p ≤ 0,05. Os resultados mostraram uma melhor percepção de qualidade de vida para os seguintes domínios: capacidade funcional, onde quem pratica obteve 43,94 ± 33,15 % e quem não pratica 11,86 ± 10,49%, F(1,19)= 9,26, p=0,007 e estado geral de saúde, onde quem pratica, 65,77 ± 27,68% e quem não pratica, 37,96 ± 17,82, F(1,19)=7,40, p=0,014. Conclui-se que a percepção da qualidade de vida de cadeirantes é melhor nos que praticam esportes.