Percepção de Autoeficácia Docente: Um Estudo Sobre as Experiências de Universitários de Educação Física
Por Valmor Ramos (Autor), Thais Emanuelli da Silva de Barros (Autor), Vinicius Zeilmann Brasil (Autor), Jeferson Rodrigues de Souza (Autor), Matheus da Lapa Costa (Autor), Gabriela Faria Soares (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 26, n 3, 2018. Da página 1 a 9
Resumo
A autoeficácia docente de professores pode ser definida como as crenças em suas próprias capacidades para mediar o processo de ensino e aprendizagem, mesmo nas situações de aulas mais difíceis, de modo a facilitar o aprendizado dos alunos. O objetivo do estudo quantitativo de caráter descritivo foi analisar a percepção de autoeficácia docente de universitários do curso de Licenciatura em Educação Física. Para tanto, foi utilizado uma escala de autoeficácia docente, aplicados a um grupo de 279 universitários de Licenciatura em Educação Física, pertencentes a duas universidades públicas do estado de Santa Catarina. Para verificar o nível de autoeficácia docente em relação às experiências dos universitários, comparando-se as universidades investigadas, utilizou-se o teste não paramétrico Kruskal-Wallis para mais de dois grupos, uma vez que não se encontrou normalidade na distribuição dos resíduos das variáveis analisadas. Todas as análises foram realizadas com auxílio do programa estatístico SPSS Statistics versão 23.0, considerando-se o nível de significância de 5%. Os resultados mostraram que os universitários começam na formação inicial com nível de autoeficácia docente elevado, além disso, que as experiências obtidas no ambiente de estágio obrigatório contribuíram para uma maior percepção na dimensão intencionalidade docente e, por fim, que as experiências prévias no esporte, colaboraram para elevar à percepção de autoeficácia docente em ambas as universidades investigadas. Conclui-se que as experiências no contexto dos esportes adquiridas antes da entrada na formação inicial e as experiências diretas de prática nos estágios, contribuem para uma percepção de autoeficácia docente, com destaque para os universitários em início da formação inicial.