Resumo

O objetivo desta pesquisa foi identificar os princípios da Ginástica para Todos em dois grupos de ginastas, sendo um deles com vivências de aulas centrada no aluno e o outro centrada no professor. O estudo de caráter qualitativo, utilizou como procedimento metodológico a pesquisa-ação participante. Participaram da pesquisa alunos de um projeto de extensão em Ginástica para Todos, meninos e meninas com faixa etária entre 6 e 12 anos. A coleta de dados foi realizada em 5 etapas por meio de diários de campo, rodas de conversa, reuniões didático pedagógicas, critical friend e grupos focais. A análise dos dados foi pautada na análise temática do tipo apriorística. Os resultados apontaram que os quatro princípios da GPT propostos pela FIG foram aludidos em ambas as propostas pedagógicas. A falta de aprofundamento dos conhecimentos e reconhecimento das atividades relativas ao fitness foi evidente em ambas, principalmente por termos optado pelos jogos como momentos de preparação física, descaracterizando - para os alunos - como um momento de fortalecimento ou treino de flexibilidade. Interessante notar que as questões relacionadas a amizades e relações interpessoais em ambas as turmas, inclusive nas aulas centradas no professor, foram espontâneas e se fizeram presentes em meio às atividades que demandavam apoio dos colegas, tais como as acrobacias coletivas. Os aspectos lúdicos e os fundamentos da ginástica foram híbridos, uma vez que o movimento gímnico, por si só, elencou o prazer da prática. No entanto, quando há composição coreográfica, a turma voltada ao professor desmotivou-se pela repetição mecanizada da proposta. Dessa forma, os resultados evidenciaram como os princípios da Ginástica para Todos se apresentaram em intensidades diferentes entre eles, mas com similaridades entre as duas propostas pedagógicas.

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