Percepção de profissionais da saúde sobre orientações para a prática de atividade física na atenção primária
Por Daniella Carneiro de Souza (Autor), Walquiria Batista de Andrade (Autor), Amanda Vido (Autor), Andrea S.M. Santantonio (Autor), Adriana Pereira dos Santos (Autor), Cláudia Cristina Bueno Franco (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A atividade física (AF) é um importante fator para o desenvolvimento humano, para a qualidade de vida e a manutenção da saúde, além dos reconhecidos benefícios na prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A falta de atividade física está intimamente relacionada à morte e à doença impondo um desafio aos sistemas de saúde a incorporar ações de aconselhamento sobre a AF para a população. Deste modo, os cuidados primários de saúde e as ações dos profissionais da saúde desempenham papel fundamental na educação e promoção da saúde por meio do estímulo à prática de AF. OBJETIVO: Avaliar a percepção dos profissionais de saúde que possuem formação em nível superior sobre a orientação à prática de atividade física na atenção primária à saúde (APS). MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal realizado com profissionais de saúde de nível superior (n=41), com idade 37±11, de ambos os sexos (60% feminino) que atuam na APS na cidade de Londrina. Dentre as Unidades Básicas de Saúde (UBS) das regiões central, norte, sul, leste, oeste e zona rural foram selecionadas para participar do estudo 7 UBS com maiores prevalências de obesidade, contemplando diferentes realidades socioeconômicas do município. Foi aplicado um questionário autoadministrado sobre a percepção dos profissionais sobre aconselhamento e estratégias, para a prática de AF na APS. RESULTADOS: Entre os participantes 25% eram enfermeiros e 23% médicos, destes 28% atuavam na APS há 10 anos ou mais e 25% há menos de 1 ano. Foi de 77% a frequência de UBS que desenvolvem estratégias que estimulam a prática de atividade física e 78% dos profissionais relataram aconselhar a prática da atividade física. Quanto ao preparo para realizar as orientações, 65% dos profissionais se sentem preparados para usar estratégias de estimulo à adoção de comportamentos saudáveis como a prática de atividade física. CONCLUSÃO: Conclui-se que a frequência de aconselhamento para a atividade física relatada pelos profissionais da APS foi de moderada alta, sugerindo que a percepção profissional sobre a orientação para a prática de AF contribui positivamente na APS. Sugere-se futuros estudos que investiguem as estratégias, as barreiras e os conhecimentos necessários para realizar o aconselhamento na APS pelos profissionais.