Resumo

The Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5) define o TEA como um distúrbio de desenvolvimento neurológico presente desde a infância, comcomprometimentos de ordem sócio comunicativa e comportamental. O objetivo desse estudo foi conhecer a percepção que o professor de Educação Física tem sobre o aluno com TEA na escola regular de ensino referente ao seu comportamento, comunicação e participação no grupo. O método foi de caráter qualitativo, a partir de entrevistas semi-estruturadas, gravadas e posteriormente transcritas. Participaram 10 professores na cidade de São Paulo, Brasil, que já tiveram alunos com TEA incluídos na escola regular. Para análise de dados foram consideradas as respostas obtidas na entrevista, que continha perguntas sobre o perfil do professor e sobre formação e experiência com alunos com deficiências. Os resultados foram apresentados de modo descritivo, em categorias de análise, a partir da fala dos entrevistados. Observou-se que os professores percebem que o aluno, em 70% dos casos, realiza atividades de modo isolado e o restante em duplas ou grupos. Alguns se comunicam de forma oral, outros gestualmente e outros não se comunicam. Foi referido maior interesse dos alunos por alguns materiais, como a bola, concordando com a literatura que ressalta a fixação por objetos redondos e giratórios. Percebem que, por vezes, deixam de oferecer diferentes atividades que possam contribuir para o desenvolvimento social, cognitivo e motor por não compreenderem o transtorno. Pode-se concluir que os professores de EF devem ser capacitados para que possam planejar melhor as aulas, proporcionando oportunidades de inclusão e desenvolvimento.

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