Percepção da Imagem Corporal em Mulheres: Prevalência e Associação com Indicadores Antropométricos.
Por Andreia Pelegrini (Autor), Cinara Sacomori (Autor), Mateus Carmo Santos (Autor), Fabiana Flores Sperandio (Autor), Fernando Luiz Cardoso (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 16, n 1, 2014. Da página 58 a -
Resumo
O objetivo do estudo foi investigar a prevalência da percepção da imagem corporal e a associação com indicadores antropométricos (IMC, perímetro da cintura, razão cintura/estatura e índice de conicidade) em mulheres que buscam por exame de rastreamento do câncer de colo uterino em Florianópolis, Santa Catarina. Avaliaram-se 736 mulheres (≥18 anos) que realizaram o exame de rastreamento de câncer de colo de útero em uma instituição de Florianópolis, SC. Medidas antropométricas (massa corporal, estatura, perímetro da cintura) para a determinação do índice de massa corporal, razão cintura/estatura e índice de Conicidade foram coletadas, além da percepção da imagem corporal (escala de nove silhuetas corporais). A prevalência de insatisfação com a imagem corporal foi de 73% (insatisfação pelo excesso = 67,4%; insatisfação pela magreza= 5,6%, p< 0,05). As mulheres com excesso de peso (RP=1,34; IC95%=1,23-2,49, p<0,001) e com índice de conicidade inadequado (RP=1,12; IC95%=1,02-1,24, p=0,016) apresentaram maior prevalência de insatisfação com a imagem corporal. A prevalência de insatisfação com a imagem corporal é elevada e as proporções de indicadores antropométricos inadequados requerem atenção. Ademais, aquelas com excesso de peso e com índice de conicidade inadequado apresentaram maior prevalência de insatisfação corporal. Neste sentido, verifica-se a necessidade de intervenções e implementações de programas voltados para o controle da massa corporal, redução dos fatores de risco para doenças cardiovasculares e da insatisfação com a imagem corporal em ambientes de atenção primária à saúde, como espaço dedicado a exames de rastreamento de câncer.