Percepção Sobre a Oferta e Hábitos Esportivos dos Estudantes dos Cursos de Educação Física da Universidade de Pernambuco
Por Carlos Augusto Mulatinho de Queiroz Pedroso (Autor), Marcos Antonio Barros Filho (Autor), Yves de Holanda Batista de Miranda (Autor), Victor Henrique Rodrigues Silva (Autor), Clara Maria Silvestre Monteiro de Freiras (Autor).
Em Revista Intercontinental de Gestão Desportiva v. 7, n 3, 2017. Da página 2 a 3
Resumo
Introdução: Objetivou-se identificar a percepção da oferta e os hábitos esportivos dos estudantes dos cursos de Educação Física da Universidade de Pernambuco. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa e delineamento transversal (Thomas, Nelson, & Silverman, 2012). O instrumento é um questionário adaptado de Gonçalves (2011) e Viana (2014) composto por cinco dimensões: caracterização sociodemográfica, hábitos esportivos, satisfação, comportamento em relação ao esporte, e a última dimensão é referente a percepção geral da oferta esportiva na Cidade do Recife. As dimensões foram medidas em variáveis categóricas e numéricas, divididas em questões do tipo escolha múltipla, fechada, escala e aberta. A amostra foi composta por 45 estudantes de cursos de Educação Física da Universidade de Pernambuco. Os dados foram analisados a partir da estatística descritiva no software SPSS 20.0. Resultados: Verificou-se que 68,9% dos participantes são homens, com idade média de 20,8 anos (±3,6). Sobre a prática esportiva atual, 57,8% disseram que praticam e 42,2% não, mas gostariam. Nos praticantes, o esporte mais citado como prática foi o futsal, e o âmbito mais citado da prática foi o Esporte Lazer. O próprio bairro foi relatado como principal local da prática. A dimensão satisfação, composta por seis itens (Alfa de Cronbach= 0,58), foi mensurada a partir de uma escala likert de 5 pontos (1= reduzida e 5= elevada). O item com valor médio mais elevado foi sobre os horários (3,9±0,9) e o mais baixo sobre o acompanhamento técnico (2,9±1,6). Na escala de importância, a razão mais importante para praticar esportes foi para melhorar a saúde (23,1%). Além disso, 61,5% avaliaram a qualidade dos espaços que praticam como boa. A percepção geral foi avaliada a partir de sete itens (Alfa de Cronbach= 0,89), com destaque para percepção acerca da quantidade de organizações e instalações esportivas existentes no local onde mora, com médias de 2,79±1,0 e Mulatinho et al. Rev. Intercon. Gest. Desport., Rio de Janeiro, 7 (3): 341 - 343, set-dez/2017 342 2,72±1,0, respectivamente. Conclusão: Conclui-se que a maioria dos participantes são praticantes de modalidades esportivas, para o lazer e a melhoria da qualidade de vida. Avaliam como bom o local onde praticam esporte, assim como, apresentam uma boa percepção relativamente a oferta esportiva, tendo em vista os resultados encontrados na maioria das dimensões. Apesar disso, o índice de não praticantes se mostrou elevado. É necessário aprofundar a investigação, principalmente com uma amostra mais abrangente, que identifique não só a prática dos estudantes de educação física, mas da população em geral, a fim de compreender seus hábitos esportivos.