Resumo


Este estudo qualitativo investigou o julgamento da criatividade, na visão de técnicos e árbitros de Dança Esportiva. A pesquisa exploratória foi desenvolvida por meio de entrevista semiestruturada, aplicada individualmente a uma amostra intencional selecionada por conveniência, composta por 06 árbitros e 04 técnicos de Dança Esportiva. Todos, ex-atletas da modalidade, ambos os sexos, com faixa etária entre 28 e 59 anos e experiência de 03 a 11 anos arbitrando em competições de Dança Esportiva, ou no treinamento de atletas para eventos competitivos no Brasil. Os dados analisados descritivamente, por meio de Análise de Conteúdo, indicaram que a criatividade depende de conhecimento e da habilidade para resolver problemas e expressar a arte do movimento, envolvendo aspectos cognitivos e emocionais. Almejada por árbitros e técnicos da modalidade, a criatividade é uma capacidade percebida especialmente entre atletas de alto rendimento. O potencial criativo é importante para esses entrevistados, para que os atletas não apresentem performances, ou dancem em formas iguais. Para eles, a dança requer expressividade, sendo a criatividade o que orienta esse desempenho, caso contrário, a dança seria descaracterizada. Para os técnicos, é o que vai diferenciar uma coreografia e para os árbitros, é o que pode subir a pontuação de um casal. A criatividade foi reconhecida, neste estudo, como uma forma diferente e inovadora para resolução de problemas e para imprimir aspectos artísticos e expressivos à Dança Esportiva. Na avaliação, isso é percebido subjetivamente, sendo dependente de acerto, bem como, de qualidades técnicas e rítmicas em harmonia. Devido à escassez de estudos a respeito, essa pesquisa salienta a necessidade de novos olhares por parte do meio acadêmico, pois vem sendo reconhecida como um esporte com potencial a ser inserido nas próximas olimpíadas e, portanto, tende a ganhar novos adeptos, podendo vir a desvelar outros aspectos relacionados à criatividade no âmbito esportivo.
 

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