Percepção subjetiva de esforço aguda e número de repetições em reserva de homens treinados em percentuais de 1rm na rosca direta
Por Pedro Henrique Martins Monteiro (Autor), Nicolas dos Santos Cardoso (Autor), Alexandre Jehan Marcori (Autor).
Em VI Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
No treinamento com pesos (TP), a prescrição adequada da carga dos exercícios é importante e necessária para as adaptações desejadas. Um dos métodos, utilizados na prática, para realizar esse controle é por meio de escalas subjetivas, em especial de percepção subjetiva de esforço (PSE) e repetição em reserva (RR), que são de fácil aplicabilidade e se relacionam com medidas fisiológicas importantes. Contudo, pesquisas apontam que a PSE está mais associada ao volume do treinamento (número de repetições) do que propriamente à carga (intensidade), sendo que a escala de RR é uma maneira complementar de acessar a intensidade do esforço e posteriormente ajustar a carga empregada no exercício. OBJETIVO: Analisar a resposta aguda da PSE e da RR em diferentes percentuais de 1RM no exercício de rosca direta em homens treinados. MÉTODOS: Adultos jovens (n = 5; 22 ± 2 anos; 2,7 ± 0,6 anos de experiência no TP) foram submetidos ao teste de 1RM no exercício de rosca direta, e, em seguida, realizaram uma série até a falha concêntrica nos percentuais de 90%, 80%, 70%, 60% e 50% da carga máxima. A PSE e a RR dos participantes foram mensuradas imediatamente após cada série. Os dados foram reportados por mediana e amplitude interquartil. Empregou-se o teste de Friedman, com significância de 5%, para verificar em qual percentual de 1RM ocorreram os maiores valores de PSE. RESULTADOS: A PSE não diferiu entre os diferentes percentuais de 1RM (X2 = 9,0; P = 0,108), apresentando valores elevados em todas as séries (100% = 8 (1); 90% = 8 (1); 80% = 9 (0,5); 70% = 9 (1); 60% = 9 (1,5) e 50% = 10 (2). A RR acompanhou o comportamento da PSE, se mantendo constante entre as séries (100% = 0 (0); 90% = 0 (0); 80% = 1 (1); 70% = 0 (1); 60% = 0 (0); 50% = 0 (2). CONCLUSÃO: A PSE não foi adequada para acessar a carga apropriada ao treinamento, uma vez que valores semelhantes foram encontrados em diferentes % de 1RM, assim como a RR. Porém, ambas são bons indicadores de fadiga, uma vez os participantes realizaram as séries até a falha e altos indicadores foram encontrados, de forma que as escalas podem estar mais relacionadas com o volume do que com a intensidade no TP.