Resumo

Uma das estratégias para minimizar os efeitos deletérios do processo de envelhecimento é o exercício físico com peso corporal. Entretanto, há lacunas a respeito da progressão e intensidade adequadas, principalmente em idosos com fatores de risco cardiometabólico. Objetivou-se analisar a percepção subjetiva do esforço (PSE) e a afetividade associadas ao exercício realizado com peso corporal em idosos com fatores de risco cardiometabólico, em diferentes complexidades. Estudo transversal descritivo em que foram avaliadas a PSE, pela escala de OMNI-Res, e a afetividade, pela escala de Hardy e Rejeski. Exercícios multiarticulares (agachar, empurrar e puxar) foram realizados apenas com o peso corporal, e divididos em intensidades hipotéticas (fácil, médio e difícil) através da alteração da complexidade. Não houve diferença para a PSE nos exercícios de agachar (p = 0,261) e empurrar (p = 0,063). Houve um aumento na PSE para o exercício de puxar (p = 0,001) entre as complexidades fácil e difícil, bem como médio e difícil. Não houve diferença na afetividade para o exercício de agachar (p = 0,008). No exercício de empurrar, entre as complexidades fácil e difícil (p = 0,004), e no exercício de puxar, entre fácil e difícil assim como médio e difícil (p = 0,003), observou-se diferença na afetividade. Alterar a complexidade de exercício de agachar e empurrar, em idosos treinados e com fatores de risco cardiometabólico, não apresentou diferença na intensidade percebida, enquanto o exercício de puxar utilizando o TRX pode ser uma alternativa interessante para progressão de intensidade.

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