Resumo

Sabe-se que a concepção dos malefícios gerados pelo uso indiscriminado dos esteroides anabolizantes está aquém dos potenciais efeitos nocivos que o uso incorreto pode acarretar. O objetivo do presente estudo foi investigar as percepções sobre risco e efeitos do uso e consumo de EAA em praticantes de musculação na grande Florianópolis – SC. Participaram da pesquisa 50 homens usuários de esteroides anabólico androgênico (EAA), praticantes de musculação, com média de idade 29 anos (±7). A maioria possui ensino superior completo (n=12; 26,1%) ou está cursando o mesmo (n=17; 37%). A maior forma de conhecimento aos EAA foi por colegas de academia (n=10; 20%) e 17 (34%) apontaram mais de uma. Vinte nove participantes (58%) usaram EAA por via parenteral, 46,5% (n=20) fez auto aplicação e os EAA mais citados foram Durateston (n=39; 78%) e Deca-Durabolin (n=38; 76%). Vinte seis (59,1%) utilizaram EAA de uso veterinário. Para 64% (n=32), possuir um físico mais esbelto foi a maior justificativa para a utilização de EAA; o efeito positivo mais observado foi a melhora do desempenho atlético. Conclui-se que os indivíduos que fazem uso de EAA conhecem, em partes, os riscos do uso inadequado, e que campanhas preventivas devem ir além de alertar os efeitos nocivos do uso de EAA.

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