Perda Hídrica e Prática de Hidratação em Atletas de Futebol
Por Allan da Mata Godois (Autor), Raquel Raizel (Autor), Vanessa Behrends Rodrigues (Autor), Fabrício Cesar de Paula Ravagnani (Autor), Carlos Alexandre Fett (Autor), Fabrício Azevedo Voltarelli (Autor), Christianne de Faria Coelho-ravagnani (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 20, n 1, 2014. Da página 47 a 50
Resumo
Introdução: Atletas de futebol sofrem grande estresse fisiológico durante os treinos. As características da atividade associadas às condições climáticas desfavoráveis podem provocar desidratação intensa resultando em redução de desempenho físico. Objetivo: Estimar o percentual de desidratação de atletas futebolistas durante sessões de treino na cidade de Cuiabá-MT, Brasil. Métodos: Os dados foram coletados nas instalações do centro de treinamento da equipe. Participaram do estudo 17 atletas profissionais do sexo masculino (idade = 21,53 ± 1,19 anos; peso=71,99±7,66 kg; estatura=1,76±0,08m; IMC=23,31±1,69kg/m²). Foram analisadas as pesagens de pré e pós-treino em dois dias não consecutivos de treino (A e B) e pela perda de peso ocorrida, obteve-se a diferença de massa corporal (ΔMC); também se anotou toda a ingestão de líquidos. Os dados registrados foram aplicados às fórmulas específicas para análise. Resultados: O ΔMC entre a medida inicial e a medida final do treino A foi de 1,08 ± 0,45 kg, já a do treino B foi de 0,85 ± 0,47kg, representando 1,5 ± 0,63% e 1,19 ± 0,59% de desidratação, respectivamente. O volume de líquido ingerido foi de 2.591 ± 440 ml no treino A e de 926 ± 356 ml no treino B. A prática do futebol reduziu a massa corporal dos atletas após o treino, indicando que houve desidratação. Conclusão: Apesar da oferta constante de água aos jogadores, observamos que a reposição hídrica ad libitum não foi suficiente para manter o estado eu-hidratado de todos os atletas.