Perfil antropométrico, neuromotor e cardiorrespiratório dos atletas de voleibol do SESC Olímpico de Taguatinga Norte
Por Robson Conceição Silva (Autor), José Roberto de Abreu Carretero Filho (Autor), Thiago Andrade Alves (Autor).
Em 13º Congresso Internacional do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região CONCREF
Resumo
: Avaliar o perfil antropométrico, neuromotor e cardiorrespiratório de jovens atletas é essencial para o aprimoramento do desempenho em qualquer modalidade esportiva, pois fornecem informações importantes para treinadores e preparadores físicos planejarem e prescreverem o treinamento. Objetivo: Verificar o perfil antropométrico, neuromotor e cardiorrespiratório dos atletas de vôlei do SESC Olímpico de Taguatinga Norte. Referencial Teórico: O sucesso do atleta de voleibol está relacionado com o seu índice de massa muscular, uma vez que o perfil antropométrico está associado a performance de potência, força, agilidade e coordenação, à medida que há uma relação positiva entre o índice de massa livre de gordura com melhor desempenho no esporte (NIKOLAIDIS et al., 2013; AKDO AN et al., 2021). Ğ Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 17 atletas do sexo masculino. Foram mensuradas a massa corporal (MC), estatura (EST) e dobras cutâneas. As marcações dos pontos de referência e a técnica de medida das Dobras Cutâneas (DC) seguiram o protocolo de Jackson & Pollock (1978). O percentual de gordura (%G) nos atletas com idade igual ou superior a 18 anos foi estimado pela equação proposta por Siri (1961) utilizando o protocolo de 7 DC para atletas de Jackson & Pollock (1978) e os que apresentavam idade inferior a 18 anos pela equação de Slaughter (1988). Para a mensuração do nível de flexibilidade (FLEX) foi utilizado o teste de sentar e alcançar proposto por Wells e Dillon (1953). A agilidade (AGIL) foi verificada pelo Teste do Quadrado. A potência de membros inferiores medida pelo Salto Vertical Contramovimento (SVC) com a utilização do software My Jump 2, registrando os valores da Altura do Salto (AS), Tempo de Voo (VOO) e a Potência Relativa (POTREL). E a aptidão cardiorrespiratória (VO2máx) pelo teste de Cooper de 12 minutos. A normalidade dos dados foi verificada por Shapiro-Wilk e o nível de significância adotado foi de p < 0,05. Resultados e Discussão: Os atletas apresentaram idade de 18,53±3,12 anos, EST de 1,83±0,09 cm, MC de 73,74±13,02 Kg e %G de 13,69±5,13 que está classificado como adequado de acordo com a idade. A FLEX foi de 29,34±10,65 cm, encontrando-se dentro da média para idade. A AGIL foi de 5,22±0,49s, classificado como muito bom. O VO2máx de 36,84 ml/kg/min que é classificado como capacidade aeróbica fraca. Os resultados de potência de membros inferiores foram de 39,67±6,99 cm para AS, 566,52±52,44 ms para VOO e de 53,08±9,76 watts para POTREL. Com base na literatura e nos resultados apresentados, sabe-se que mesmo que o voleibol seja uma modalidade com característica anaeróbica, existe a necessidade de que os atletas possuam uma aptidão cardiorrespiratória bem desenvolvida para obtenção de um alto desempenho. Conclusão: A avaliação do perfil antropométrico, neuromotor e cardiorrespiratório é um fator de excelência para a detecção de estágios de condicionamento do atleta, além de servir para o direcionamento para o treinamento esportivo.